BNDES gasta R$ 48 milhões com consultoria que não encontra corrupção
Foram 10 meses de investigação interna para abrir caixa-preta da estatal – Foto: Reprodução.
Nielton Soares
Auditoria interna não apontou nenhuma evidência direta de corrupção em oito operações com JBS, grupo Bertin e Eldorado Brasil Celulose, realizadas entre 2005 e 2018; economista critica ausência de operações importantes no relatório
Auditoria interna para averiguar evidências de corrupção no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) custou R$ 48 milhões e, após, 10 meses de apurações não apresentou o que era prometido: a abertura da caixa-preta da estatal.
No final de dezembro do ano passado, foi divulgado um relatório de oito páginas que não demonstrou corrupção em oito operações com a JBS, o grupo Bertin e a Eldorado Brasil Celular, durante os períodos de 2005 e 2018.
A instituição divulgou um comunicado que há um documento “mais robusto”, que foi entregue às autoridades, porém, informou que é sigiloso.
Escritório estrangeiro
O montante dos cofres públicos foi pago ao escritório estrangeiro Cleary Gottlieb Steen & Hamilton LLP. A empresa subcontratou outro escritório brasileiro, o Levy & Salomão.
A abertura da tal caixa-preta do BNDES era uma promessas de Jair Bolsonaro e foi a principal missão dada ao presidente da instituição, Gustavo Montezano, que assumiu o posto depois da saída polêmica de Joaquim Levy.