Nielton Soares 

O padre Robson de Oliveira
Pereira, de 46 anos, investigado na Operação Vendilhões, foi denunciado ao
Vaticano por um religioso da Província dos Missionários Redentoristas, mesma
congregação do pároco.

No documento, o denunciante
informou que havia suspeitas acerca de movimentações financeiras atípicas nas
obras da nova Basílica de Trindade e de recursos das Associações administradas
pelo padre Robson.

Após receber o comunicado da suspeitas,
a Santa Sé mandou à Goiás representantes para apurar o caso, isso em meados de
2018.

O secretário Rodney Miranda, na
coletiva de imprensa, chegou a comentar as investidas dos membros do Vaticano
junto à operação dos recursos das entidades religiosas fundadas por padre
Robson.

Volume de arrecadação

Segundo o secretário, o volume de
arrecadação – de quase R$ 2 bilhões em 15 anos, impressionaram os visitantes,
que alegaram ser maior do que é movimento pela Basílica de Nossa Senhora Aparecida
do Norte, em São Paulo. “Aparecida [do Norte, em SP] recebe muito mais
fiéis e romeiros e não chega a um milésimo do que se arrecada em
Trindade”, salientou Miranda.

Em 2019, o delegado e
superintendente de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado, Alexandre Pinto
Lourenço, informou que se reuniu com integrantes dos Missionários Redentoristas
e que o grupo de religiosos demonstrou estar atento ao caso, porém, aguardava a
conclusão da investigação da polícia, para depois tomar providências.

A defesa de padre Robson, por
nota, informou que todas as acusações contra o religioso são infundadas. E, que
o cliente irá colaborar com a polícia e o MP-GO para esclarecer dúvidas.