Bebê goiano com apenas metade do coração funcionando passa por cirurgia em SP
Emanuel Justo foi submetido a um procedimento simples e segue em observação para continuar o tratamento com mais segurança, informou o médico Rodrigo Freire | Foto: Divulgação.
Jyeniffer Taveira e Nielton Soares
O recém-nascido Emanuel Justo,
que nasceu no dia 21 de agosto em Goiânia, funcionando apenas metade do coração
– anomalia conhecida por Síndrome Hipoplasia do Ventrículo Esquerdo, passou pelo
primeiro procedimento cirúrgico no Hospital Beneficência Portuguesa, em São
Paulo.
Ele passou por uma bandagem
pulmonar – técnica paliativa utilizada em cirurgia cardíaca congênita, como
ponte para correções definitivas. E, depois, que tiver ganho de peso, será
submetido a procedimentos corretivos no coração.
O pequeno Emanuel precisou ser
transferido para a capital paulista após quatro dias de nascimento. O
transporte foi realizado por meio de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
aérea da empresa Brasil Vida.
A expectativa do médico Rodrigo
Freiro, responsável pela equipe cirúrgica, era que Emanuel realizasse a
primeira cirurgia até o sexto dia de vida, porém, houve a opção da intervenção
mais simples para que a criança se desenvolva e possa seguir com o tratamento,
com mais segurança.
“A recuperação dele, diante dos
médicos, está sendo muito boa. Foi feito este procedimento porque Emanuel
nasceu prematuro e abaixo do peso. Então, optaram por essa cirurgia para ele
ganhar estabilidade e peso para então realizar a primeira cirurgia do coração”,
explica Débora Lima.
Viagem
A mãe e filho saíram do Hospital
Materno Infantil (HMI) em uma ambulância terrestre e embarcaram juntos no
Aeroporto Internacional Santa Genoveva no dia 25 de agosto, por volta de 21
horas. Durante o trajeto aéreo, o bebê
foi monitorado por uma equipe médica. “Por ser tratar de um recém-nascido,
prestamos todos os cuidados de forma intensiva e humanizada, pois a apreensão
por parte da família era grande, e o bebê inspirava muitos cuidados, por causa
do comprometimento cardiocirculatório”, explica o coordenador aeromédico da
Brasil Vida, Gilberto Júnior.