Bolsonaro corta orçamentos do Ibama e da ICMbio 2021
Para os especialistas, a redução se torna preocupante, afirmam que com menos dinheiro ficara mais difícil para ambos desempenharem suas atividades. – Foto: Reprodução/ Internet
Ana Julia Borba
O
presidente Jair Messias Bolsonaro cortou o orçamento do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio) 2021.
Apesar da Amazônia registrar o maior número de queimadas e desmatamento em agosto desse ano, o Ibama
terá um corte de 0,4 % para R$ 1,5 bilhão. Já o ICMbio terá um corte ainda
maior, de 12,8 % para R$ 609,1 milhões.
Dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
mostram que, em julho, foram desmatados pouco mais de 1,3 mil km² na Amazônia.
De julho de 2019 a agosto deste ano, houve uma alta de 34% no desmatamento, na
comparação com o mesmo período anterior. Em relação às queimadas, foram
registrados no mês passado 29.307 focos de incêndio na Amazônia Legal.
Para os especialistas, a redução se torna preocupante, afirmam
que com menos dinheiro ficara mais difícil para ambos desempenharem suas
atividades. No caso do Ibama, há um déficit de agentes para fiscalizar
irregularidades ambientais e aplicar embargos, afirma Shuely Araujo,
ex-presidente do órgão.
Elizabeth Uema, secretária executiva da Ascema Nacional
(Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio
Ambiente”, afirma: “As reduções no orçamento contribuem para piorar a situação,
porque, de uma maneira geral reduzem a capacidade operacional e deixam o Ibama e
a ICMbio mais dependente do Exército, da Policia Federal, que não tem a
expertisse para atuar nessa área”.