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domingo, 24 de novembro de 2024
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Racismo

Após denúncia de racismo, condomínio de luxo de Goiânia se manifesta

Em nota, a sociedade afirmou que já está averiguando a procedência da denúncia, se colocou a disposição das autoridades para colaborar com as investigações – Foto: Divulgação

Postado em 27 de outubro de 2020 por Redação
Suspeita de racismo não é moradora do Aldeia do Vale
Através de nota

Igor Afonso

Após denúncia de racismo envolvendo um entregador  de uma
hamburgueria e uma moradora do condomínio Aldeia do Vale em Goiânia, a
Sociedade dos Amigos do Aldeia do Vale (Saalva) se manifestou sobre o ocorrido.

Em nota, a sociedade afirmou que já está averiguando a
procedência da denúncia, se colocou a disposição das autoridades para colaborar
com as investigações e informou que está em contato com a empresa para descobrir
quem foi a cliente que fez o pedido.

Segundo a sociedade, nos registros da noite do dia 25 “não
há registro de nenhuma reação discriminatória por parte de morador no momento
em que a equipe da vigilância solicitou autorização para entrada de
entregadores” e ressaltou que esse é um procedimento obrigatório para se
adentrar ao condomínio, além de informar que “todas as ligações realizadas pela
portaria aos moradores são grvadas”.

A Saalva pontuou
também que “solicitará ao aplicativo de entrega de comida que informe a
localização exata do cliente que fez o pedido, pois seu sistema permite que o
solicitante esteja em endereço diferente da entrega do pedido” e informou que
repudia qualquer ato de discriminação e racismo que ocorra dentro ou fora de
seu perímetro.

Por fim, esclareceu que “caso haja procedência, essa foi
uma  atitude isolada e individual, sobre
a qual o condomínio não tem controle, e deverá ser conduzida com o rigor da lei
pertinente”. (Confira a nota na íntegra
no final da matéria)

Relembre o caso:

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Moradora de condomínio de luxo de Goiânia é suspeita de racismo contra entregador . O entregador de uma hamburgueria de Goiânia foi vítima de racismo no último domingo (25). Na ocasião, a moradora do condomínio Aldeia do Vale enviou mensagens para o estabelecimento pedindo que eles enviassem um entregador branco: “Eu não vou permitir esse macaco”. . Os funcionários da hamburgueria relataram que como não havia o endereço completo da cliente, entraram em contato para pegar o número da quadra e do lote. Quando a funcionária pede para que a moradora autorize a entrada do entregador, ela se recusa. . “Esse preto não vai entrar no meu condomínio”, escreveu em uma mensagem e logo após ela pede para “mandar outro motoboy que seja branco”. A funcionária então responde que não tolera racismo e que ela não receberia o pedido, já a cliente responde que “não uso restaurante judaico”. . O nome da cliente não foi divulgado, pois os donos do estabelecimento esperam que as investigações da Polícia Civil revelem se foi mesmo a cliente que enviou as mensagem ou se foi outra pessoa com o intuito de prejudicar a moradora. . “Foi a primeira vez que teve um caso assim. No início achamos que pudesse ser um trote. Nós ficamos muito sem reação, sem saber como falar para nosso entregador na porta o que tinha acontecido. Mas a gente acabou tendo que contar. Ele ficou o resto da noite triste”, disse o dono do estabelecimento, Éder Leandro Rocha. . Ele afirma que após registrar o caso na polícia, vai comunicar o caso ao aplicativo de entregas. “A gente só divulgou porque esses atos não podem ficar impune”, afirmou. . #racismo #injuria #racial #investigação

Uma publicação compartilhada por Jornal O Hoje (@ohoje) em

“Acerca da denúncia da hamburgueria de que uma moradora do
Residencial Aldeia do Vale tenha se recusado a deixar um entregador a entrar no
condomínio horizontal em razão de sua cor, a Sociedade dos Amigos do Aldeia do
Vale (Saalva), responsável pela administração do local, já está averiguando a
procedência  da mesma e, inclusive, está
à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

A administração está em contato com a hamburgueria para
solicitar os dados da cliente que fez o pedido, pois averigou em seus registros
da noite de ontem (26) e não há registro de nenhuma reação discriminatória por
parte de morador no momento em que a equipe da vigilância solicitou autorização
para entrada de entregadores.

Como se sabe, esse é um procedimento obrigatório para se
adentrar ao condomínio e todas as ligações realizadas pela portaria aos
moradores são gravadas. O  residencial
também solicitará ao aplicativo de entrega de comida que informe a localização
exata do cliente que fez o pedido, pois seu sistema permite que o solicitante
esteja em endereço diferente da entrega do pedido.

A Saalva  repudia  qualquer ato de discriminação e racismo que
ocorra dentro ou fora de seu perímetro. Vale ressaltar que, ao longo de 22 anos
de sua existência, jamais aconteceu uma situação semelhante, seja por parte de
sua equipe ou por parte de moradores.

Caso haja procedência, essa foi uma  atitude isolada e individual, sobre a qual o
condomínio não tem controle, e deverá ser conduzida com o rigor da lei
pertinente.”

 

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