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domingo, 24 de novembro de 2024
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Alerta

Capital já registra 80% da chuva prevista para janeiro

Represas de Catalão transbordaram por conta das chuvas | Foto: Reprodução

Postado em 15 de janeiro de 2021 por Nielton Soares
Capital já registra 80% da chuva prevista para janeiro
Represas de Catalão transbordaram por conta das chuvas | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Os primeiros 14 dias do ano em Goiânia já registraram 80% das chuvas esperadas para todo o mês de janeiro, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A manhã de ontem (14) apresentou volume de 41,6 milímetros (mm) de água em somente quatro horas na Capital. Mesmo com diversos pontos de alagamento, a cidade não teve ocorrências graves.

As chuvas da primeira quinzena de janeiro equivalem a 202,6 milímetro. A previsão para todo mês é de 247,8 milímetros de chuva. Contudo, o Instituto alerta que Goiânia pode passar essa média ainda neste fim de semana, quando deve cair cerca de 30 a 50 milímetros de água nos próximos dias.

Leitores do O Hoje enviaram vídeos que mostram vários pontos de Goiânia alagados como, por exemplo, a Marechal Rondon, um ponto crítico da cidade. Na avenida T-9, setor Marista, e no setor Pedro Ludovico duas árvores caíram. A Companhia de Urbanização (Comurg) precisou ser acionada e equipes foram ao local para realizar as retiradas das árvores das vias.

Diante do cenário, o Inmet explica que chuvas assim são comuns no verão e acontecem após combinação entre calor e umidade. Em Catalão, por exemplo, a forte chuva causou alagamentos em toda a cidade. Três represas do bairro Monsenhor Souza transbordaram devido às precipitações. O gerente do Centro de Informações Metereológicas do Estado de Goiás (Cihmego), André Amorim, informou que o município registrou 130 milímetros (mm) de precipitação na madrugada. Cerca de 50 mm de chuva caíram somente em uma hora em Catalão.

Mais chuvas nos próximos dias

A previsão do Cimehgo aponta que as chuvas devem se manter pelos próximos dias. Estima-se pancadas entre 100 e 150 milímetros de chuvas durante o período. “Para janeiro, fevereiro e março, onde compreende o verão no Estado haverá chuvas mais fortes, que poderão causar mais transtornos e estragos, já que a cidade [Goiânia] não comporta volumes altos de chuva em tão pouco tempo. Ainda podemos ter nos próximos 10 dias grandes temporais tanto porque essas nuvens se formam muito rapidamente em tempestade, por isso é importante que as pessoas tenham bastante atenção”, informa o gerente André.

“Orientamos a população que procure abrigos seguros diante de uma chuva de tempestade, evitar áreas de alagamento para não haver possibilidade das pessoas ficarem ilhadas, que é uma situação complicada. Além disso, evitar áreas de risco, como ambiente aberto de pasto e fazenda, nos casos de raios, para que ninguém seja atingido por algum”, alerta André.

Segundo ele, no final do ano passado foi feita uma reunião, onde começaram os preparativos para uma campanha de chuva 2020 e 2021. “Nesta ação contamos com nossos parceiros da Defesa Civil Estadual, Coronal da Fonseca, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil de Goiânia e de Aparecida, para que juntos possamos avaliar esses dados e alertar a população”, explica.

Pontos críticos

A Defesa Civil identificou 100 pontos críticos na Capital. Estes locais são mais propícios para ocorrer acidentes e alagamentos por conta da chuva. Nesta semana, em forca-tarefa, equipes de diferentes órgãos atuaram para resolver os danos causados a população.  No último sábado (16), 78 árvores caíram em Goiânia.

Conforme explica a Defesa Civil, em casos de árvores próximas da residência que ofereçam riscos, os moradores precisam pedir ajuda ao órgão ambiental para poda ou corte das plantas. Também oferecem risco à população infiltrações, rachaduras nas paredes e chãos, e o não plantio de bananeiras ou plantas de raízes curtas em morros. Além disso, quem mora em área de baixada, ao primeiro sinal do aumento do nível de água, deve se abrigar em locais altos e secos.

 A pasta ressalta que medicamentos devem ser mantidos em locais seguros e documentações em mochilas impermeáveis, caso seja necessário abandonar a residência. “Águas de enchente estão sempre contaminadas e podem oferecer risco à saúde, como leptospirose ou doenças de pele, por isso é melhor evitar o contato”, informa. (Especial para O Hoje)

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