Coletivo apresenta A Menina Bonita do Laço de Fita no Cerrado Goiano
Espetáculo é uma adaptação literária que discute com as crianças temas sensíveis como o preconceito racial e o poder da autoestima | Foto: divulgação
Da Redação
Estréia em março o espetáculo teatral a Menina Bonita do Laço de Fita no Cerrado Goiano. A peça é uma adaptação da obra da escritora Ana Maria Machado pelo Coletivo Ruart. Com temática centrada no preconceito racial e seus impactos, a peça aborda de maneira lúdica um novo olhar sobre o assunto.
Desafiados pela pandemia causada pela Covid-19, a equipe e atores precisam se reinventar no processo de construção do espetáculo. Além dos limites quanto a possibilidade de encontros presenciais para reuniões e ensaios, a trupe precisou lidar com o fator tempo. Diretor do espetáculo, Rômulo Santiago, afirma que um novo olhar foi essencial para que tudo ocorresse da melhor maneira possível.
Mas o importante, segundo ele, é que agora é possível fazer um balanço positivo do processo. “Adotei uma abordagem bem didática, com a ajuda, claro, da tecnologia.” Para preparar os atores, Santiago conta que elaborou diversos materiais multimídia e promoveu uma séria de LIVES por meio das redes sociais. “Montamos um calendário de transmissões ao-vivo com profissionais incríveis. Discutimos a fundo a questão do preconceito racial, o papel do ator neste cenário, o novo momento do teatro, tudo isso com pessoas altamente capacitadas e dispostas a colaborar na transformação social.”
Uma das mudanças necessárias, como afirma o diretor, foi a redução no número de atores. No palco, apena três atores fazem toda a magia acontecer. Além disso, figurino e cenário foram pensados de forma que o espetáculo possa ser apresentado tanto presencialmente quanto virtualmente. “De fato, foi um processo de criatividade pura. Tudo, absolutamente tudo, foi pensado para garantir uma boa experiência para nosso público, seja em um local físico seja pela internet. Agora é esperar a reação da plateia com o resultado”, destaca.
Sobre as primeiras apresentações, Santiago ressalta que serão realizadas em parceria com a prefeitura de Trindade. Fomos agraciados pela Lei Aldir Blanc, que nos possibilitou tirar o projeto do papel. “Queremos muito levar esta peça para o máximo de escolas, mas para nós é uma alegria imensa poder começar pelas escolas municipais”, comemora o diretor. Segundo ele, ao que tudo indica, os alunos terão contato com espetáculo virtualmente. “Felizmente nos preparamos para isso e faremos o nosso melhor.”