Daniel minimiza possível aliança eleitoral entre MDB e DEM, em Goiás
Presidente do MDB diz que 2021 é importante para preparação de estratégias eleitorais | Foto: Divulgação/Daniel Vilela (MDB)
Samuel Straioto
O presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, reforça o discurso que estará na oposição ao governo de Ronaldo Caiado no ano que vem. Questionado sobre uma possível aproximação política com o governador, Daniel ressaltou que no momento nada passa de fuxico político. A possibilidade passou a ser cogitada depois que Rogério Cruz, que é do Republicanos, assumiu definitivamente a Prefeitura de Goiânia. O dirigente partidário ainda não quer tomar nenhuma decisão eleitoral e destaca que o momento é de preparação para o pleito eleitoral do ano que vem.
“Isso faz parte do ambiente político. Esses fuxicos políticos acontecem. O MDB foi eleito na oposição em 2018 e vai ficar assim até 2022. Em 2022 o partido se reúne no momento adequado e toma as decisões eleitorais pensando nos próximos 4 anos”, ponderou. Nos bastidores é desejo do DEM e aliados ter o MDB como parceiro para 2022, pois além de evitar um concorrente, ganha com um aliado com importante capilaridade no interior goiano. Mas os palacianos avaliam que qualquer movimento precisa ser visto com cautela.
Daniel Vilela argumenta que 2021 será um ano importante para preparar o projeto político de 2022. Ele não vê com preocupação a filiação de prefeitos a base do governador, como uma forma de desidratar a oposição. “É um ano de muita discussão interna de muita agenda interna para preparação para as chapas estaduais e federais para o ano que vem. O ano que vem é só a consolidação, mas o trabalho a ser realizado já é esse ano. Um trabalho mais voltado para discussão interna”, disse.
Daniel Vilela minimizou o fato de prefeitos da oposição estarem se filiando a partidos da base governista, em especial o DEM como mostrado pelo O Hoje. Ele ressaltou que o fato não o preocupa. O presidente estadual do MDB é integrante do Conselho Político da Prefeitura de Goiânia. Ele faz um balanço das primeiras atividades do colegiado. “Acho que os primeiros dias da gestão tem sido eficientes. Há uma série de problemas, a pandemia, o transporte coletivo e a prefeitura vem dando vazão. A função do comitê é fazer um monitoramento das decisões que foram tomadas e aquelas que precisam ser tomadas levando em consideração o plano de governo”, afirmou Daniel Vilela.
Ex-filiados da legenda que apoiaram o governador nas eleições de 2018 ganharam espaço no governo ou foram reeleitos. O ciclo fica completo com a chegada de Renato de Castro ao comando da Companhia de Desenvolvimento de Goiás (Codego) após a expulsão dos emedebistas Ernesto Roller (ex-MDB), ex-prefeito de Formosa e secretário de Governo; Fausto Mariano (DEM), prefeito reeleito de Turvânia; Adib Elias (Podemos), prefeito reeleito de Catalão; e Paulo do Vale (DEM), prefeito reeleito de Rio Verde.
Desde a declaração de apoio à candidatura de Caiado os então prefeitos enfrentaram um processo de expulsão do MDB. Enquanto Roller se desfiliou antes do seu processo de expulsão, Paulo do Vale, Adib Elias e Fausto Mariano foram expulsos da sigla no início do de 2020. O secretário de Governo, inclusive, falou sobre a situação na posse de Renato de Castro.