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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Contrários ao decreto

Representantes e trabalhadores de bares e restaurantes manifestam em frente à Prefeitura de Goiânia

O setor reivindica reabertura de bares e restaurantes seguindo protocolos de segurança e o atendimento em take-out e drive-thu | Foto: Divulgação

Postado em 10 de março de 2021 por Augusto Sobrinho
Representantes e trabalhadores de bares e restaurantes manifestam em frente à Prefeitura de Goiânia
O setor reivindica reabertura de bares e restaurantes seguindo protocolos de segurança e o atendimento em take-out e drive-thu | Foto: Divulgação

Da Redação

Trabalhadores e empresários do setor de
alimentação fora do lar realizam manifestação, nesta quarta-feira (10/03), às
9h, em frente ao Paço Municipal em Goiânia. Eles afirmam à prefeitura que estão
prontos para discutir a volta das atividades de bares e restaurantes na
capital, com uma retomada responsável com toda segurança exigida para prevenção
a Covid-19.

Desde o dia 1º de março os estabelecimentos estão
fechados, atendendo o decreto. Mas as últimas medidas anunciadas pela
prefeitura só liberaram as vendas por delivery. Com essas novas restrições, o
setor de alimentação fora do lar passa por um dos seus piores momentos desde o
início da pandemia. 

“Ficamos mais de sete meses afastados do trabalho
e não recebemos nenhum auxílio do governo do estado e nem da prefeitura de
Goiânia. Agora, novamente estamos sofrendo um novo golpe e já perdemos mais de seis
mil postos de trabalho. Não vamos ficar calados, vamos lutar pelos nossos
direitos”, conta o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Empregados No
Comércio Hoteleiro No Estado de Goiás (Sechseg), Marlos Luz. O presidente
reforça ainda que bares e restaurantes seguem rígidos protocolos sanitários e é
injusto apenas esse segmento ser culpado e penalizado.

“Entendemos que é um momento crítico que estamos
vivendo em relação a pandemia. Mas nós queremos ter condições de continuar com
nossas vendas”, afirma o presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes de
Goiânia (Sindibares), Newton Pereira. Ele explica ainda que é contraditório a
prefeitura restringir as pessoas de buscarem suas comidas no local ou mesmo o
drive-thru (que são atividades que não geram aglomerações) e ao mesmo tempo
liberar celebrações religiosas.

Bares e restaurantes seguem protocolos rígidos de
prevenção a Covid-19 e são um dos mais afetados economicamente desde o início
da pandemia ano passado. Os restaurantes são lugares seguros e podem reabrir
com segurança. “Estamos prontos para trabalhar com segurança e
responsabilidade”, destaca Newton.

Para Fernando Machado, presidente da Associação
Brasileira de Bares e Restaurantes em Goiás (Abrasel), com as novas restrições
os restaurantes vão entrar em colapso, já que não tem nenhuma contrapartida dos
governos, como isenção de impostos ou algo nesse sentido. Ele explica que nos
últimos dias muitos restaurantes em Goiânia já tiveram que fechar as portas,
porque não conseguem arcar com custos.

O Sindibares juntamente com Sechseg (sindicato
que representa os trabalhadores) elaborou uma Convenção Coletiva Emergencial
para garantir alguns direitos nesse momento de crise e tentar amenizar os
impactos. Mesmo assim, nas últimas semanas seis mil colaboradores tiveram que
ser demitidos. Muitos estão em férias, mas se as restrições continuarem até o
fim deste mês, este número deverá ultrapassar a marca de 10 mil demissões.

As entidades que estão participando da
manifestação estão com uma lista de reivindicações e propostas para a
prefeitura, para pelo menos tentar amenizar esse momento crítico para o
setor.  Tanto empresários quanto
trabalhadores só querem o direito de trabalhar com segurança.

 REIVINDICAÇÕES:

– Liberar para que os clientes possam buscar seus
pedidos nos restaurantes, voltando assim com take-out e drive-thu;

– Liberar a reabertura de bares e restaurantes
seguindo protocolos de segurança, conforme momento oportuno;

– Proibir filas de esperas em bares e
restaurantes.

 AS ENTIDADES PROPÕEM PARA PREFEITURA ALGUMAS
AÇÕES:

 – Aumentar a fiscalização;

– Criar um canal (um disque-denúncia) onde
próprios donos de bares e restaurantes possam denunciar outros que não estão
seguindo os protocolos;

– Ajuda com isenção de impostos ou algum outro incentivo por parte dos
governos para o setor de alimentação fora do lar. 

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