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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Importância histórica

Arqueólogos encontram pergaminho bíblico em cavernas na Cisjordânia

Os artefatos raros datam do ano 132 e 136 d.C. e são considerados o mais antigo do mundo, com 10.500 anos | Foto: Divulgação

Postado em 17 de março de 2021 por Augusto Sobrinho
Arqueólogos encontram pergaminho bíblico em cavernas na Cisjordânia
Os artefatos raros datam do ano 132 e 136 d.C. e são considerados o mais antigo do mundo

A intervenção arqueológica da Autoridade de
Antiguidades de Israel descobriram, nessa terça-feira (16/03), artefatos raros
nas cavernas na região de Qumran, na Cisjordânia. O cesto encontrado na gruta
Muraba`at foi considerado o mais antigo do mundo, com 10.500 anos, depois de datado
pelo método de Carbono 14.

As cavernas são ladeadas por desfiladeiros e
entrada é feita em rapel. Foram encontradas pontas de seta, tecidos, sandálias
e um pente, que documentam alguns dos objetos do cotidiano de cerca de dois mil
anos. Entre os pergaminhos recuperados, os arqueólogos revelam a decodificação
do grego antigo com o nome de Deus em hebraico.

“As montanhas estremecem por causa dele, e
as colinas derretem. A terra eleva-se diante d`Ele, o mundo e todos os que nele
habitam. Quem pode resistir à sua ira? Quem pode resistir à sua fúria? Sua
raiva derrama como fogo, e as pedras são quebradas por causa dele”. São
esses os novos versículos bíblicos que se juntam aos fragmentos encontrados em
1953.

Essas grutas guardam vivências de múltiplas
cronologias. Foi também encontrado um esqueleto mumificado de uma criança
datado de seis mil anos. Diversas moedas do período da Revolta de Bar
Kochaba, entre 132 e 136 d.C., terão sido escondidas por judeus durante uma
fuga dos romanos e nunca foram resgatadas.

A operação arqueológica destinava-se a evitar o
saque por ladrões de antiguidades no deserto da Judeia. Depois da descoberta
dos Manuscritos do Mar Morto, há 70 anos, no deserto da Judeia, esses lugares
tornaram-se muito procurados para contrabandistas de tesouros
arqueológicos. (Agência Brasil)

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