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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
Covid-19

Estado registra queda em pedidos por vagas de UTI

São 11 dias seguidos de queda em pedidos por vagas | Foto: Reprodução

Postado em 7 de abril de 2021 por Augusto Sobrinho
Estado registra queda em pedidos por vagas de UTI
São 11 dias seguidos de queda em pedidos por vagas | Foto: Reprodução

Daniell Alves

Goiás registrou durante 11 dias seguidos diminuição no número de pedidos por vagas de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), afirma o secretário de Saúde, Ismael Alexandrino. Ele alerta que a taxa de ocupação ainda segue em alta, como já era previsto durante todo o mês de abril, mas houve uma discreta diminuição no ritmo de contaminação. A última atualização do painel da Secretaria de Saúde do Estado (SES-GO) mostrou a taxa de ocupação para leitos exclusivos Covid-19 em 96%.

A redução começou no final do mês de março, porém ainda há pessoas aguardando leitos exclusivo de Covid-19. “Eu sempre me baseio por esse número porque ele não tem delay [atraso]. O número de óbitos, por exemplo, tem dois, três dias de delay, o número de casos também, porque depende do resultado do exame. Agora, a pressão na porta ela é em tempo real, eu consigo avaliar o de hoje em relação a ontem e em relação a amanhã. Então, gosto de avaliar esse dado e temos, de fato, esse número diminuindo”, explica o secretário.

A última atualização dos dados da Superintendência do Complexo Regulador em Saúde de Goiás aponta que há 180 pessoas aguardando um leito de UTI adulto e três aguardando leito de UTI pediátrico exclusivos para Covid-19. Contudo, as informações não podem ser dadas como uma queda acentuada, apenas que o indício de contaminação pode desacelerar. “Fazemos análise várias vezes ao dia e percebemos a mesma tendência do início de agosto do ano passado de desacelerar um pouco, de diminuir o número de pedidos de vaga, mas mantendo um número alto de casos ainda. Mas aquela curva muito íngreme do começo de março diminuiu o ângulo”, reforça.

A previsão é que haja uma queda sustentada mesmo somente no mês de maio. “Primeiro você diminui a pressão na porta, aí os pacientes vão tendo alta, vai diminuindo a fila, depois que você percebe uma redução no número de óbitos, e só depois que começa a perceber redução no numero de positivados por dia, que é a última coisa, o que só vai acontecer em maio”, prevê Ismael.

Após o feriado

O último feriado prolongado registrou diversas aglomerações nas cidades turísticas do Estado, além de festas clandestinas. Por isso, será necessário aguardar o impacto dessas ações nas duas próximas semanas. Desse modo, a Saúde irá analisar os efeitos do desrespeito aos protocolos de segurança e distanciamento social.

Ismael acredita que pode não haver piora no cenário, como aconteceu no feriado de 7 de setembro do ano passado quando Goiás tece uma queda sustentada no número de casos. “Se entrarmos nesse patamar de queda sustentada nas próximas semanas, talvez a discreta exacerbação não tenha impacto nos números”, analisa.

Ocupação em Aparecida

A taxa de ocupação de leitos em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) registrou aumentou de 14% em um intervalo de quatro dias, aponta o boletim epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da cidade. No dia 1º deste mês, a taxa girava em torno de 71% e agora está em 85%. Mesmo com o crescimento, a demanda por vagas no município segue em baixa. Até o último boletim da Secretaria, a ocupação era de 80%.

Segundo o superintendente de Regulação, Avaliação e Controle da SMS de Aparecida, Luciano Moura, a redução dos leitos de UTIs está relacionada à diminuição dos pedidos de internação e ao investimento que a prefeitura tem realizado na abertura de novos leitos.

Entre os dias 25 de fevereiro até o fim do último mês, o número de leitos de UTIs exclusivos para pacientes de Covid-19 aumentou de 100 para 175 vagas. De acordo com Luciano a diminuição de pedidos de internação se deve ao acompanhamento dos pacientes que testam positivo para a infecção por meio da telemedicina e de atendimento presencial médico da SMS.

 Segundo ele, antes do atendimento presencial, o paciente é monitorado via telemedicina. “Se não tivéssemos esse tipo de acompanhamento, estes pacientes poderiam piorar em casa e ser tarde demais para salvá-los. Com o atendimento precoce, conseguimos diminuir também o número de pedidos de internação, pois evitamos o agravamento da doença”, esclarece. (Especial para O Hoje)

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