Cotado para entrar numa eventual chapa do governador, Ronaldo Caiado (DEM), com a possibilidade de indicar um nome à vice-governadoria ou ao Senado, o MDB está iniciando as movimentações do partido para as eleições de 2022, que ainda passam pela construção de uma montagem de chapa para deputado estadual e de deputado federal.  

O principal quadro do partido é o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende (MDB) que está aposentado e deixou o legado do MDB para o presidente da sigla, o ex-deputado federal Daniel Vilela (MDB), e o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), que estão com a responsabilidade de definir, junto com os emedebistas, uma construção para as eleições de 2022 “em consonância”.  

Ambos podem ser candidatos ao Executivo, porém, Daniel Vilela teria deixado em aberto a possibilidade de se candidatar, novamente, a Câmara Federal. Cargo para o qual o deputado foi eleito em 2014 com 179 mil votos e que poderia beneficiar uma chapa do partido para a coligação proporcional, que pode contar com nomes com os deputados federais Célio Silveira (hoje no PSDB), Professor Alcides (hoje no PP) e também com o ex-deputado federal Heuler Cruvinel (ex-PSD). O partido também aposta no prefeitável derrotado nas eleições de Anápolis, Márcio Correa (MDB), que obteve 29 mil votos nas eleições de 2020. 

De acordo com algumas fontes no MDB, o ex-deputado federal não definiu nada ainda. “Pode ser candidato a deputado federal, senador ou governador. Depende do cenário e da chapa”, explicou.

Reunião 

No início do mês de fevereiro o partido, convocado pelo presidente Daniel Vilela, realizou a primeira reunião após a morte do prefeito eleito de Goiânia Maguito Vilela (MDB). Na ocasião, a Executiva do Diretório Regional decidiu se manter na oposição. O que pode ter mudado um pouco de caminho, cinco meses depois da primeira reunião.  

Hoje o partido tende a consolidar uma aproximação com o governador Caiado, ainda que o sentimento da liderança do partido seja de que o partido teria condições de disputar uma candidatura ao governo do Estado de Goiás, em 2022, “pela história do partido” que tem um candidato ao governo desde 1982.

Democratas

Hoje o partido estaria mais próximo do governo, mas ainda aguarda um posicionamento do governo Caiado, que segundo o presidente do Democratas em Goiânia, Lyvio Luciano, já é um sinal positivo do governador, “que está sendo um polo de atração”.

O democrata, que é um dos responsáveis pela articulação do partido, explica que hoje as conversas ainda são preliminares e que ainda não há “discussões por cargos ou participação no governo”. 

“O projeto para as eleições ainda está em discussão e é sempre importante manter o canal de conversação ativos, mas as definições acontecerão só em 2022”, explicou o democrata.