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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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Responsabilidade

Pix ganha preferência das pessoas, mas acende alerta para golpes

Especialista reforça a necessidade de atenção ao utilizar a ferramenta para evitar cair em golpes

Postado em 19 de julho de 2021 por Maiara Dal Bosco
Pix ganha preferência das pessoas
Especialista reforça a necessidade de atenção ao utilizar a ferramenta para evitar cair em golpes | Foto: Reprodução

Menos de um ano após entrar em operação no Brasil, em novembro de 2020, o Pix, modalidade de transação financeira, já se tornou popular entre os brasileiros. Prova disso é que até o dia 31 de maio, o sistema de pagamentos já atingiu 253,5 milhões de chaves, com 87,6 milhões de cadastros realizados por pessoas físicas e 5,8 milhões de pessoas jurídicas. Entretanto, apesar de oferecer a vantagem de transferências bancárias instantâneas, a qualquer dia e horário da semana e sem a cobrança de taxas, o uso da ferramenta exige alguns cuidados.

O economista Aurélio Troncoso, professor e coordenador do Centro de Pesquisas do Mestrado da UNIALFA, explica que o Pix foi criado pelo Banco Central e facilitou a vida de milhões de pessoas no sentido do não pagamento de taxas tão altas. “Quando você trabalha com TED e DOC, por exemplo, você paga taxas significativas ao realizar a transferência. Contudo, é preciso estar atento porque se você utiliza o CPF, telefone ou e-mail como chave, há margem para uma série de tentativas de golpes”, afirma.

Para não cair em golpes, que estão cada vez mais sofisticados e frequentes devido ao Pix ser uma transação nova, ao utilizar a ferramenta, o especialista deixa um alerta. “A responsabilidade pela transação é de quem transferiu o dinheiro. Por isso, é importante prestar atenção ao realizar a transferência. Verificar se realmente é o nome da pessoa, porque caso seja transferido para a pessoa errada, o banco está totalmente isento de qualquer responsabilidade financeira pelo erro”, explica Aurélio.

Procon

Com essas fragilidades,o sistema acaba sendo atrativo para modalidades criminosas. Segundo o Procon Goiás, na mais nova modalidade de golpe, os criminosos simulam um agendamento em uma data futura pelo Pix e tentam convencer a vítima de que a transferência foi feita por engano, para que ela faça a suposta devolução de imediato. Pessoas que não têm conhecimento da tecnologia acabam caindo no golpe, ao verem a notificação do banco pelo celular. Com isso, o objetivo dos golpistas é induzir a vítima a transferir o dinheiro na hora e, para isso, argumentam para convencê-la que alguém precisa muito, e urgentemente, daquele recurso. Caso a vítima “devolva” o valor do Pix Agendado, o golpista cancela a transação e fica com o dinheiro.

Caso a pessoa caia no golpe, o Procon Goiás alerta os consumidores sobre os supostos agendamentos do Pix. Caso o consumidor seja vítima desse tipo de golpe, a pessoa deve procurar uma delegacia para registrar a ocorrência. O recomendado é reunir todas as informações sobre o golpista, seja o ‘print’ do comprovante do Pix Agendado ou o número do telefone pelo qual ele entrou em contato. A vítima também pode entrar em contato com a instituição financeira para buscar outras alternativas.

Giro da economia

Segundo o economista, o PIX é uma ferramenta que ajuda no sistema do giro da economia, além de ser uma evolução, já que as pessoas usarão cada vez menos o dinheiro vivo. “Por ser uma transação direta, o dinheiro entra automaticamente na respectiva conta e, com isso, aumenta a rotatividade. Além disso, o papel moeda deverá diminuir no bolso das pessoas. O Pix tende a ser usado como o cartão de crédito. A diferença, entretanto, é que o Pix é um pagamento à vista”, destaca Aurélio.

De acordo com o economista, por conta de o Pix ser uma transferência direta de dinheiro, não tende a gerar endividamento. “É uma transferência de dinheiro vivo, então não gerará endividamento, mas as pessoas podem ficar sem dinheiro em conta, já que devido à facilidade, vão fazendo pagamentos com o que têm em conta. Com isso, se o dinheiro acabar, a solução será usar o cartão de crédito, e aí pode aumentar o endividamento com o com esta forma de pagamento”, finaliza.  (Especial para O Hoje).

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