Ciro Nogueira deixa Senado para a mãe e assume cargo no governo após criticas a Bolsonaro
Ciro foi aliado do Partido dos Trabalhadores, apoiando a candidatura de Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018
O presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira (PI), anunciou nesta quarta-feira (21/07) ao presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que recebeu convite para assumir a Casa Civil. Ciro foi aliado do Partido dos Trabalhadores (PT), apoiando a candidatura de Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018 e defendendo o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Caso a indicação do senador à Casa Civil seja confirmada, sua cadeira no Senado deve ser ocupada por sua mãe, Eliane Nogueira, que ocupa a posição de primeira suplente. Ela também é filiada ao PP, mas não tem experiência em cargos públicos. O segundo suplente é Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano, que foi eleito prefeito de Picos, no Piauí, no último pleito.
Uma reforma ministerial foi anunciada também hoje pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Até o momento, ele teria decidido mover Ciro para a Casa Civil, tirando o general Luiz Eduardo Ramos, que assumiria a Secretaria-Geral, ocupada por Onyx Lorenzoni (DEM). Por sua vez, Onyx iria para o Ministério do Trabalho e Emprego, ministério extinto por Bolsonaro que estaria considerando recriá-lo como divisão do Ministério da Economia, lugar de Paulo Guedes.
Como presidente do partido, Ciro foi contra a própria diretriz que apoiava o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) para a presidência ao declarar abertamente sua aprovação por Haddad. Em 2017, em entrevista à emissora piauiense TV Meio Norte, ele classificou o então deputado e pré-candidato ao Planalto Jair Bolsonaro como “fascista”. “O Bolsonaro, eu tenho muita restrição, porque é fascista, ele tem um caráter fascista, preconceituoso, é muito fácil ir para a televisão e dizer que vai matar bandido”, disse.