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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Entidades querem impedir fechamento de maternidade em Senador Canedo

Preocupação é com destino das gestantes

Postado em 9 de agosto de 2021 por Maiara Dal Bosco
Entidades querem impedir fechamento de maternidade em Senador Canedo
Preocupação é com destino das gestantes | Foto: Reprodução

Com o objetivo de tentar evitar o fechamento total da maternidade Aristina Cândida, a única pública de Senador Canedo, o Conselho Municipal de Saúde e o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sindicanedo) levam hoje (09) o assunto ao Ministério Público de Goiás (MP-GO). No último dia 15 de julho, a Prefeitura Municipal de Senador Canedo afirmou que a maternidade passaria por reforma, em decorrência de problemas estruturais.

A situação tem gerado preocupação, sobretudo com relação ao destino das gestantes do município. Em 2020, segundo dados do Portal da Transparência do Registro Civil, Senador Canedo registrou, 1.822 nascimentos. Em 2021, até a primeira semana de agosto, já foram registrados 1033 novos cidadãos canedenses, número que corresponde a 56,7% do ano anterior, ainda, no oitavo mês de 2021. Contudo, o número de nascimentos no município em 2021 não deverá ultrapassar o dos anos anteriores, diante do fechamento iminente da única maternidade a disponibilizar atendimento público no município.

Tratando-se da reforma, a Prefeitura de Senador Canedo alegou que ainda não é possível estimar uma previsão de duração das obras, já que a maior parte do problema é estrutural e só será possível mensurá-lo quando o prédio for esvaziado e as estruturas completamente analisadas. O município afirmou ainda, que a maternidade, que está localizada no Jardim de Todos os Santos e que foi inaugurada em 2010, há pelo menos quatro anos, não passava por nenhum tipo de manutenção preventiva, o que provocou diversos problemas em sua estrutura física. Rachaduras, fiação exposta, infiltração e móveis danificados foram algumas das falhas contatadas no laudo apresentado pela equipe de engenharia da prefeitura.  

Questionada sobre como ficará a situação das gestantes com previsão de dar à luz durante o período da reforma, a prefeitura informou que a Secretaria de Saúde do Município está em diálogo com cidades da Região Metropolitana, para encaminhamento, e que a reforma não afetará a situação das gestantes. “Durante a reforma da Maternidade Municipal Aristina Cândida, o atendimento não será interrompido. As urgências obstétricas e ginecológicas oferecidas na unidade serão transferidas para uma unidade de referência, onde serão atendidas por um médico especialista. O acompanhamento pré-natal continuará acontecendo normalmente, como funciona hoje e a SMS dará todo o suporte logístico, oferecendo transporte e assistência às gestantes. A diferença é que, quando for constatado que chegou a hora do parto, a ambulância levará a gestante para outra maternidade”, afirmou.

Pacientes em risco

A prefeitura reforçou também que as obras são extremamente necessárias, e que hoje, a Maternidade é um risco para as gestantes que precisam de atendimento. “O teto pode desabar, se nada for feito. Não queremos que aconteça o mesmo que ocorreu com aquele reservatório de água, que caiu no mês passado, destruiu uma casa, causou estragos em outras e quase provocou a morte de um rapaz”, pontuou. “As falhas constatadas no laudo técnico podem colocar em risco a segurança de pacientes e funcionários, se medidas preventivas não forem tomadas. Por esse motivo, a gestão atual decidiu iniciar o quanto antes a reforma da unidade”, afirmou.

Segundo o município, o Ministério Público está ciente e de acordo com a reforma da maternidade. “A secretária de Saúde municipal, Gercilene Branca, apresentou ao promotor de Justiça de Senador Canedo, Glauber Rocha, o laudo técnico da maternidade comprovando a necessidade de urgente reforma, além do planejamento de atendimento das gestantes”. A reportagem de O Hoje procurou o MP-GO para tratar do assunto, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. (Especial para O Hoje)

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