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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Turismo

Retomada no turismo reduz prejuízos causados pela pandemia

O segundo trimestre deste ano aponta para uma retomada no agendamento e nos planos de viagens para este segundo semestre de 2021 e para o início de 2022. No acumulado do semestre, o prejuízo diminuiu de R$ 1,4 bilhão para R$ 257 milhões. As informações são da CVC Corp, dona de, entre outras empresas da […]

Postado em 23 de agosto de 2021 por Daniell Alves
Retomada no turismo reduz prejuízos causados pela pandemia
O turismo no Estado registrou expansão de 26%; um dos motivos seria o aumento na receita de transporte aéreo | Foto: Jota Eurípedes

O segundo trimestre deste ano aponta para uma retomada no agendamento e nos planos de viagens para este segundo semestre de 2021 e para o início de 2022. No acumulado do semestre, o prejuízo diminuiu de R$ 1,4 bilhão para R$ 257 milhões. As informações são da CVC Corp, dona de, entre outras empresas da operadora de viagens CVC, que fechou o segundo trimestre deste ano com prejuízo líquido de R$ 175,5 milhões. Mesmo assim, o prejuízo é pior do que de um ano atrás, que foi de R$ 252 milhões.

À medida que avança a aplicação do Plano de Imunização no Estado, a partir da chegada de novos lotes de vacinas, da preocupação do governo estadual com a necessidade da vacinação para o maior número de pessoas e da exigência do cumprimento das normas sanitárias, o Turismo em Goiás vem tendo sua retomada, ainda que lenta.

De acordo com o estudo, as viagens de proximidade ganham espaço, ou seja, os goianos estão redescobrindo Goiás e consequentemente o Brasil, optando por viagens curtas, seguras e responsáveis. E confirmando a tendência apontada por pesquisas recentes, optando pelo Turismo de natureza e perto de casa. As informações compiladas no 16º Boletim da Retomada foram retiradas do Blog Panhotas, do relatório do World Travel & Tourism Council (WTTC) e de estudo produzido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).

O farmacêutico Matheus Xavier, 24 anos, viajou recentemente para Caldas Novas e Rio de Janeiro. Ele já planejava as viagens há alguns meses e decidiu ir com alguns amigos. “As pessoas estão viajando muito mais esse ano, mesmo em pandemia. Cada cidade tinha o decreto de cuidados, porém os pontos comerciais estavam todos abertos, praias cheias, bares, boates e restaurantes todos abertos, e clubes aquáticos com bastante pessoas”, diz.

Ele reforça que manteve os cuidados, como o uso da máscara e do álcool em gel. “Eu optei por viajar porque primeiramente eram minhas férias e fiquei o ano de 2020 sem viajar por questão da Covid-19. Neste ano começou  a vacinação da Covid e tive a oportunidade de ser vacinado, então, tive uma segurança maior em viajar”, revela ele.

Repor as energias

Já a empresária Eduarda de Castro, 26 anos, viajou recentemente para Pirenópolis. Ela conta que estava sem viajar desde o primeiro semestre do último ano, mas resolveu ir com a família para a cidade “repor as energias” e ficar mais próxima da natureza. “Lá tem lugares muito bonitos para visitar, toda a minha família amou o passeio”, diz ela que ficou lá por cerca de quatro dias.

Questionada sobre as aglomerações, ela diz que em alguns pontos da cidade houve bastante tumulto, principalmente à noite. “Infelizmente muitas pessoas ainda não respeitam o distanciamento e o pior de tudo ficam sem máscaras, deixando o risco de contágio ainda maior. Mas não podemos viver em isolamento para sempre, as coisas estão voltando ao normal e a expectativa é que daqui para frente seja melhor para o turismo”, afirma.

Plano nacional

A Retomada do Turismo reúne um conjunto de programas que buscam resultados efetivos.  As ações são organizadas em quatro eixos: preservação de empresas e empregos no setor de Turismo; melhoria da estrutura e da qualificação de destinos; implantação dos protocolos de biossegurança; e promoção e incentivo às viagens.

“Além de estarmos inseridos no plano nacional, Goiás também terá seu plano estadual de retomada do Turismo, em parceria com o trade e as instituições. Estamos fazendo o planejamento”,  informou o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral.

Ele, que coordena ações para a recuperação, destaca que tem orientado os empresários a focarem nas medidas de contenção ao coronavírus. “Segurança sanitária, para mim, veio para ficar. Eu falo para os empresários: ‘trabalhem no turismo nos próximos anos com absoluta responsabilidade sanitária, isso não volta, isso tem que ser uma tendência, no Japão é assim, sempre foi’”, afirmou o presidente, que ainda lamenta a associação, ao turismo, de festas clandestinas. “Turismo dá para fazer com muita responsabilidade, controle e contribuição da sociedade no que tange à contaminação da pandemia”.

Hoje, a Goiás Turismo tem um convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para atender empresários e passar novos conceitos para o pós-pandemia, como marketing digital, por exemplo. Além disso, há a intenção de trazer duas marinas para a região do Lago Corumbá, com objetivo de atrair investimentos. Segundo o presidente, são ações para os 79 municípios turísticos do Estado – conforme mapa do Ministério do Turismo -, mas também para criar condições de regiões próximas das cidades se recuperarem.

Turismo aumentou 26% em Goiás

O Índice de Atividades Turísticas (Iatur), medido pela pesquisa que acompanha o desempenho do Turismo em 12 Estados, apontou expansão de 18,2% em maio de 2021, na comparação com o mês anterior. Em Goiás, o aumento foi de 26,1%.

O volume das atividades turísticas no Brasil cresceu 102,2% no mês de maio de 2021 em comparação com o mesmo período de 2020, após avançar 72,5%, em abril, quando interrompeu uma série de 13 taxas negativas. Goiás apresentou expansão de 154,1%. Segundo o relatório, o índice de atividades turísticas foi impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de transporte aéreo, restaurantes, hotéis, rodoviário coletivo de passageiros, locação de automóveis e serviços de buffet.

Aviação

O Boletim do Observatório do Turismo de Goiás indica que o setor aéreo se destaca na geração de vagas em meio à pandemia da Covid-19, de acordo com pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), dando sinais de retomada da aviação comercial brasileira. A análise de 12 meses do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), até maio de 2021, revela que ocupações relacionadas à aviação figuram no ranking das profissões com maiores avanços.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas divulga que as companhias nacionais registraram, em julho, o terceiro mês consecutivo de crescimento da malha doméstica, com uma média de partidas diárias de 1.624, ou o equivalente a 67,7% da oferta de voos no início de março de 2020, antes dos impactos da pandemia sobre o setor. O levantamento traz dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

As informações do documento apontam que a vacinação contra a Covid-19 está reaquecendo a demanda por viagens de avião. E que é fundamental que a imunização da população brasileira avance, segundo a Abear, para que a aviação possa ser retomada de forma consistente. (Especial para O Hoje)

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