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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Empreendedorismo

Criação de novas empresas cresce em Goiás durante 2021

Com menos burocracia, estado fica em quarto lugar entre os que mais abriram CNPJs no Brasil. Levantamento da Juceg aponta que são 6.721 empresas a mais na comparação com o mesmo período de 2020.

Postado em 18 de setembro de 2021 por Alice Orth
Criação de novas empresas cresce em Goiás durante 2021
Com menos burocracia

Um levantamento realizado pela Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) mostrou que o número de empresas abertas entre janeiro e agosto de 2021 foi o maior desde 2017. Entre janeiro e agosto, foram registradas 23.270 novas empresas no estado – 6.721 CNPJs a mais em comparação ao mesmo período do ano passado. 

A pesquisa mostra que 766 das novas empresas têm capital social (ou seja, valor investido por sócios) de mais de R$ 500 mil. A participação feminina também se torna expressiva, com 38,51% dos negócios com mulheres em seus quadros, equivalente a 9.008 empreendimentos.

A análise por setor mostra que os serviços de escritório e apoio administrativo registraram abertura de 288 empresas, seguido pelos segmentos de construção de edifícios (199), comércio varejista de roupas e acessórios (193) e de bebidas (182). Os dados, que não incluem os microempreendedores individuais (MEIs), também revelam que os municípios que mais atraíram empreendimentos foram Goiânia, com 281 mil empresas ativas no momento, Aparecida de Goiânia (63 mil), Anápolis (52 mil), Rio Verde (27 mil) e Valparaíso de Goiás (20 mil).

Empreendedorismo

O presidente da Juceg, Euclides Barbo Siqueira, afirma que o crescimento do número de novas empresas abertas nesse período confirma que o empreendedorismo tem sido visto como alternativa em meio à pandemia. Ele acredita ainda que seja um reflexo dos incentivos oferecidos pelo Governo de Goiás para abrir e manter novos negócios. 

“Estamos colhendo os frutos do investimento feito pelo Governo do Estado na modernização e desburocratização do processo de abertura de empresas. O cidadão tem tirado proveito disso e percebe as vantagens de trabalhar com o seu próprio negócio”, comenta.

A burocracia para a abertura também é um fator contribuinte para o aumento de novas empresas. Pela segunda vez consecutiva, Goiás lidera o ranking de agilidade na abertura de empresas do País. Segundo a Rede Nacional de Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), o mapeamento dinâmico realizado pela Receita Federal comprova que o mês de agosto fechou a média de um dia e uma hora de análise de processos, somando 2.724 solicitações, à frente de Espírito Santo (1 dia e 5 horas), Sergipe (1 dia e 7 horas) e Paraná (1 dia e 14 horas). A média nacional no mês de julho, quando Goiás já ocupava o primeiro lugar no ranking, foi de 2 dias e 20 horas.

O titular da Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços, José Vitti, disse que o crescimento exponencial se justifica porque o empreendedor sabe que investir em Goiás é sinônimo de retorno certo para o seu negócio. “Temos uma logística de transportes fantástica. Estamos localizados no Centro do País. Contamos com uma legislação de incentivos fiscais que garante segurança. E apresentamos um governo que permite ao empreendedor crescer. Então para quem gosta de crescer, gerar empregos e renda, Goiás é o caminho certo”, comemora o secretário.

Ranking nacional

O Brasil apresentou um aumento de 17,3% em relação ao último quadrimestre de 2020, com 1.392.758 empresas abertas, de acordo com o Mapa de Empresas do 1º quadrimestre do ano, elaborado pelo Ministério da Economia. Além disso, houve aumento de 32,5% quando comparado com o primeiro quadrimestre de 2020. Durante o mesmo período, foram fechadas 437.787 empresas, aumento de 22,9% no quantitativo de portas trancadas se comparado com o último quadrimestre de 2020, e aumento de 23,1% em relação ao mesmo período no ano anterior. Os resultados revelam um saldo positivo de 954.971 empresas abertas, com um número total de 17.173.284 empresas ativas.

Pequenas e micro-empresas (PMEs) se destacam no ranking, superando 1 milhão entre os negócios criados ao longo do ano passado. Ainda assim, o número ainda se mantém abaixo do ano anterior, mostra uma pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresa (Sebrae). Com expressividade do comércio varejista, de vestuário e de acessórios, são até o momento 25% do ano passado – quando somou-se 4 milhões de novas PMEs. 

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