Vereadora de Goiânia propõe que mulheres estejam acompanhadas em atendimentos ginecológicos
Após denúncias de abuso sexual do ginecologista em Anápolis, projeto de lei leva nome de uma das vítimas e garante a segurança das mulheres durante consultas ou exames clínicos
A vereadora Aava Santiago (PSDB) propôs um projeto que institui a lei Kethleen Carneiro. Aava disse que o projeto vai assegurar às mulheres o direito de estarem acompanhadas por uma profissional de saúde em consultas, exames e outros procedimentos ginecológicos. Se virar lei, a regra terá que ser cumprida em todos os estabelecimentos públicos e particulares de Goiânia.
“Se nós mulheres somos vulnerabilizadas e expostas ao risco e medo até dentro do consultório médico, só a presença de outra mulher para garantir acesso seguro a um direito tão elementar que é a saúde”, afirma a vereadora. Neste momento o projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça, antes de passar por dois turnos de votação no plenário.
Se aprovada, a lei levará o nome de Kethleen Carneiro, mulher de 20 anos, que denunciou à polícia que foi abusada pelo médico Nicodemos de Morais, durante uma consulta quando tinha 12 anos.
Caso Nicodemos
Nicodemos de Morais foi preso inicialmente no dia 29 de setembro após a denúncia de três vítimas. Depois, mais de 50 mulheres procuraram a delegacia da cidade de Anápolis (GO) para registrar denúncia. O novo mandado de prisão, que ocorreu na manhã desta sexta-feira (8/10) é referente a um novo inquérito relacionado a três vítimas de Abadiânia
Até o momento, 53 mulheres foram ouvidas. Segundo a polícia, outras 10 desistiram de prestar depoimento, depois que ele foi solto na última segunda feira, 4 de outubro. Em depoimentos, as vítimas contam que o médico tirava fotos das partes íntimas delas, e compartilhava o material pornográfico com elas, além de cometer abusos até mesmo durante o parto.