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sábado, 23 de novembro de 2024
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Projeto de Lei

Câmara rejeita proposta para melhora da internet em Goiânia com implementação de sinal 5G

Texto de autoria do vereador Lucas Kitão (PSL) foi rejeitado por 18 votos a 5; parlamentar acredita em retaliação por se posicionar contra a antecipação da eleição da Mesa Diretora

Postado em 14 de outubro de 2021 por Giovana Andrade
Câmara rejeita proposta para melhora da internet em Goiânia com implementação de sinal 5G
Texto de autoria do vereador Lucas Kitão (PSL) foi rejeitado por 18 votos a 5; parlamentar acredita em retaliação por se posicionar contra a antecipação da eleição da Mesa Diretora. | Foto: Reprodução

A um mês do leilão da Licitação da Geração da internet 5G em todo o Brasil, a Câmara Municipal de Goiânia rejeitou, nesta quinta-feira (14/10), por 18 votos a 5, o projeto que regulamentava as normas para a implantação de torres de antenas telefônicas na capital e permitia a melhoria do sinal de internet na capital.

O projeto era de autoria do vereador Lucas Kitão (PSL), que defende a importância do texto para a sociedade, que estava debatendo o projeto há pelo menos três anos até chegar à apresentação da proposta rejeitada pela Casa, o que vai atrasar o processo de implementação da rede 5G em Goiânia.

“Era um projeto muito importante para a nossa cidade e vai de encontro ao debate sobre a melhoria do sinal de internet na capital, a regulamentação da internet 5G em Goiânia tinha um grau de relevância muito importante para a coletividade, a um custo bem mais barato”, pontuou o autor.

De acordo com o parlamentar, o texto tinha o intuito de aumentar a quantidade de antenas que existem na capital, porque o sistema atual “não é eficaz para atender à demanda que existe pela rede telefônica com a devida proporção necessária – de 1000 pessoas por torre” e há uma demora de até 1800 dias para um registro ser aprovado.

Levando em conta essa demora, o vereador apresentou o projeto de lei, seguindo as normas expedidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) como a área, administração do lote, se são públicos ou privados, o conjunto de equipamentos, limite de emissão de radiação eletromagnética, normas de instalação interna, externa e de infraestrutura, além de criar um limite de até 60 dias corridos para a análise do alvará.

A proposta também contava com uma emenda para solucionar a falta de antenas nas regiões mais periféricas da capital; o vereador Pedro Azulão Jr. (PSB) apresentou uma emenda ao projeto de lei, priorizando a instalação de antenas nestas regiões que, de acordo com o parlamentar, precisam de mais investimento e torres para diminuir a sobrecarga por torre nestas regiões.

Votação

Kitão acredita que a rejeição ao projeto foi uma retaliação por causa do seu posicionamento contrário à antecipação da eleição para a Mesa Diretora e, consequentemente, à recondução antecipada do atual grupo à Direção da Casa.

A proposta estava na pauta da ordem do dia da Câmara desde o dia 17 agosto, antes da aprovação do projeto de antecipação da Eleição da Mesa Diretora (20 de setembro), e também da apresentação do projeto do novo Código Tributário Municipal (CTM), cujo texto foi apresentado no dia 1º de setembro.

Além de Kitão, votaram a favor da matéria os vereadores Marlon Baco (Cidadania), Raphael da Saúde (DC), Gabriela Rodart (DC) e Aava Santiago (PSDB), que se posicionaram contra a rejeição da matéria. Foram 18 votos contrários, além de uma manifestação do presidente da Sessão, Clécio Alves, que não pôde votar.

A justificativa pela rejeição, de acordo com o vice-presidente, foi de que o projeto tinha vício de iniciativa, e não deveria ser apresentado pelo Legislativo, mas sim pelo Executivo, que pode apresentar um projeto “a qualquer momento”. Ele também solicitou a votação do projeto em lei no painel da Casa – situação que não é corriqueira.

O emedebista Kleybe Morais também se posicionou contra o projeto. Segundo o vereador, havia “renúncia de receita”. Kitão, no entanto, disse que não havia isenção, e sim uma compensação à empresa que conseguisse o alvará e disponibilizasse a tecnologia para instalar as torres e antenas na capital.

Após a rejeição, o texto só poderá ser reapresentado se for assinado pela maioria da Casa, ou pelo Paço Municipal.

Apesar da possibilidade, a vereadora Sabrina Garcez (PSD), que não votou o projeto, diz que a propositura não poderia ser reapresentada na Câmara. A vereadora chegou a recomendar a suspensão da tramitação do projeto, a fim de abrir um diálogo com a Prefeitura e estruturar o projeto, mas não deu sequência à proposta.

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