Dados da ONG Oxfam revelam que o mundo ganhou 573 novos bilionários desde o começo da pandemia da Covid-19 (2020). A informação foi divulgada na segunda-feira (23).

De acordo com a ONG, hoje mundo tem 2.668 bilionários. A fortuna do grupo soma US$ 12,7 trilhões, ou 13,9% do PIB global. O número é três vezes maior que o valor do ano 2000, revela.

“Os 10 homens mais ricos do mundo têm mais riqueza do que a combinação de 40% da população mais pobre (equivalente a 3,1 bilhões de pessoas)”, destaca outro dado. Além disso, informa que um “trabalhador médio que está entre os 50% mais pobres da população mundial teria que trabalhar 112 anos para ganhar o que o topo da pirâmide recebe em apenas 1 ano”.

Vale citar, enquanto um novo bilionário surgia a cada 30h, 99% da humanidade perdeu renda com a pandemia da Covid-19. Só em 2021, 125 milhões de empregos em tempo integram foram perdidos.

“Em 2021, a renda dos 40% mais pobres registrou a queda mais acentuada, que foi, em média, 6,7% inferior às projeções pré-pandemia, gerando um aumento na desigualdade de renda, que vinha diminuindo desde os anos 2000, conforme medido pelo índice de Gini, mas que, em 2020 aumentou 0,3% nas economias emergentes e em desenvolvimento”, aponta.

Entre os que lucraram no período, o levantamento cita o setor alimentício. “No mundo inteiro, alimentos registraram um aumento vertiginoso de 33,6% no ano passado e devem aumentar 23% em 2022.” É a maior alta desde o início dos registros das Nações Unidas (ONU), em 1990.

As petrolíferas, farmacêuticas e o setor de tecnologia também foram citados. De acordo com a pesquisa, Elon Musk, da Tesla e outras empresas de tecnologia, é o homem mais rico do mundo.

“É tão rico que pode perder 99% de sua fortuna e ainda estar entre os 0,0001% dos mais ricos do mundo. Desde 2019, seu patrimônio aumentou 699%.”