Goiânia conquista maior valorização imobiliária entre as capitais neste ano, aponta Fipezap
A capital conseguiu a maior valorização da série histórica da pesquisa, iniciada em 2014. Na média nacional, o índice bateu 2,07% em 2022 e 6,29% nos últimos 12 meses.
Na sexta-feira (3/6), a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, apresentou uma pesquisa mostrando que Goiânia conquistou a maior valorização imobiliária entre as capitais neste ano, tendo o resultado de 8,56%. O instituto monitora 50 cidades e 16 capitais brasileiras. A alta ficou acima da inflação de 4,18% medida pelo IBGE. Os dados foram considerados de janeiro a abril.
A capital conseguiu a maior valorização no histórico da pesquisa, iniciada em 2014. Na média nacional, o índice bateu 6,29% nos últimos 12 meses. De acordo com Ricardo Teixeira, especialista na área e sócio proprietário do Grupo URBS, a população economicamente ativa é maior que idosos e crianças, isso faz com que o déficit imobiliário no Brasil se tornem fortes e precisos aos resultados no cenário do mercado imobiliário nacional.
O baixo preço do metro quadrado foi um dos fatores essenciais para o alcance desse resultado, juntamente com a busca de melhor qualidade de vida. “Além de termos milhares de pessoas que ainda não tem casa própria, temos aquelas que já tem o imóvel, mas querem ou precisam melhorar suas condições de habitação em razão de mudanças em sua vida. No mundo, as famílias mudam de casa cerca de oito vezes na vida, enquanto no Brasil, não chegamos a duas”, disse.
O levantamento da Fipezap destaca que o valor médio do metro quadrado em Goiânia, em abril foi de R$ 5.550, o quarto mais barato entre as capitais analisadas, ficando atrás apenas de Campo Grande, João Pessoa e Salvador. Segundo a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Estado de Goiás (Ademi-GO), foram 46 lançamentos imobiliários nos últimos três anos na capital e em Aparecida de Goiânia, o ritmo das vendas em uma faixa média também é alta.
“Como uma capital jovem, com bom índice de qualidade de vida, uma economia crescente de oportunidades, principalmente, em razão do agronegócio, estamos ganhando relevância em diferentes áreas como a saúde. A cidade tem atraído pacientes de vários estados brasileiros, fortalecendo com isso o turismo hospitalar. Tudo isso movimenta a demanda por imóveis”, justificou.
No entanto, o especialista alerta o consumidor que está aguardando a queda de preços para comprar um móvel imobiliário. A eficácia de vendas depende dos resultados de emprego e renda. A crise pode impactar em relação ao preço estipulado no mercado, isso não gera a queda de valores tão pedida.