Valores de autotestes custam em média R$ 152 em farmácias goianas
Anvisa liberou a venda de testagens caseiras no Brasil em janeiro
Diante do aumento de casos de Covid-19 em Goiás, a busca por testes tem crescido cada vez mais. O autoteste é um produto em que o indivíduo tem autonomia para realizar todas as etapas da testagem, desde a coleta da amostra até o resultado, com venda autorizada no Brasil em janeiro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), avaliados quanto à segurança, desempenho e atendimento aos requisitos legais.
Segundo o infectologista Marcelo Daher, os autotestes e os testes rápidos têm uma metodologia muito parecida, uma vez que são testagens por meio de swab nasal e buscam o antígeno viral da Covid-19. “É um exame bem tranquilo, muito parecido com a testagem rotineira. Se a gente lembrar lá do começo, o teste rápido era o sorológico, por meio da coleta de sangue, esse sim se difere bastante do autoteste. Os autotestes que estamos falando são testes de antígeno, pelo swab nasal, que saem em cerca de 40 ou 20 minutos, desde que sejam colhidos da maneira correta. Então, desde que introduzido da quantidade ideal, a chance de o exame dar certo é muito alta”, explica.
O infectologista afirma ainda que os testes caseiros podem dar falso negativo, mas nunca falso positivo. “Uma vez que o exame dá positivo, ele é positivo mesmo. Entretanto, uma vez que o exame dá negativo, se houver sintomas e eles persistirem, deve-se procurar outro método ou colher outra amostra, porque às vezes ou colheu antes da hora, ou não foi no momento ideal ou não utilizou a técnica ideal”.
Devido à aprovação da Anvisa, os autotestes são facilmente encontrados nas farmácias da grande Goiânia, variando de R$ 64,90 até R$ 239,95. Na Drogasil, o valor do produto, pesquisado nesta quinta-feira (9/6), pode ser encontrado por R$ 67,90. Nas Drogarias Pacheco, os valores encontrados são de R$ 66,53 a unidade e um combo de três autotestes que sai a R$ 146,70, como informa a rede de farmácias.
O primeiro autoteste aprovado pela Agência foi o Novel Coronavírus (Covid-19) Autoteste Antígeno, da empresa Comércio e Indústria de Produtos Médicos Hospitalares e Odontológicos (CPMH). A aprovação se deu em janeiro e para uso com amostra de swab nasal não profunda, com resultados após 15 minutos. À época, em nota, a Anvisa afirmou que, para conceder o registro, foram analisados requisitos técnicos, como usabilidade e gerenciamento de risco, para adequar o uso por pessoas leigas, fornecendo segurança.
O intuito da aprovação do teste caseiro é ampliar a testagem de indivíduos sintomáticos, assintomáticos e de pessoas que tiveram contato com pessoas que testaram positivo, possibilitando o isolamento precoce, diminuindo a transmissão.
Resultado
Os autotestes devem ser feitos caso o indivíduo apresente sintomas ou tenha tido contato com alguém que testou positivo. Vale ressaltar que os sintomas mais comuns da Covid-19 são febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça, perda de olfato ou paladar e dores no corpo. Caso apresente sintomas, a testagem pode ser utilizada entre o primeiro e sétimo dia do início. Já em casos assintomáticos, o autoteste pode ser utilizado a partir do 5º dia de contato com alguém infectado pelo vírus.
Após realizar a testagem caseira, pode haver três tipos de resultados, sendo eles positivo ou reagente, negativo ou não-reagente, ou resultado inconclusivo ou inválido. Caso seja reagente, a linha fica visível na área de controle e na área de teste com duas linhas, independente da intensidade da cor. Se for não reagente, apenas a linha na área controle ficará visível. Já se for inválido, a leitura do teste mostra somente a linha na área teste ou ausência em ambas as áreas.
Em casos de reagente positivo, é necessário que o indivíduo se isole imediatamente, use máscaras e avise a todos que teve contato recente para que também realizem o teste. Em não reagente, o resultado não descarta a possibilidade de infecção, uma vez que a testagem pode ter sido feita durante o período de incubação, sendo necessário manter, ainda assim, as medidas de prevenção. Se o resultado for inválido, ele não pode ser considerado, fazendo com que seja preciso realizar outro teste. (Especial para O Hoje)
Entidades sindicais protestam contra corte de verbas da educação
Conforme já noticiado pelo O Hoje, o corte orçamentário de 14,5% pode comprometer o funcionamento da Universidade Federal de Goiás (UFG). Na tarde de ontem (9), entidades sindicais e estudantis realizaram protesto contra o corte no orçamento do Ministério da Educação (MEC).
De início, o governo federal anunciou cortes lineares de R$ 3,2 bi para o MEC – 14,5% a cada entidade ligada ao ministério (universidades e institutos federais, por exemplo). Contudo, no último dia 3 de junho, houve um recuo e o bloqueio caiu para R$ 1,6 bi (7,2%).
A manifestação tem organização do Fórum Goiano em Defesa de Direitos, Democracia e Soberania, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação do Estado de Goiás (Sint-IFESGO), Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), União Estadual dos Estudantes de Goiás (UEE-GO) e demais entidades sindicais e estudantis de Goiás.
O diretor do Sint-IFESGO, Fernando Mota, afirma que, mesmo com o recuo, o corte segue alto, pois o orçamento da educação já vem caindo nos últimos anos. “As instituições já estão bastante fragilizadas, então em vez de corte, precisamos de aumento”, argumenta. Ele explica, ainda, que foi possível “segurar”, pois o ensino estava remoto por causa da pandemia. Contudo, com retorno presencial sobem os custos operacionais de água, luz e mais.
*Atualizada em 13 de junho às 16h33
Pedido de correção: Na matéria publicada originalmente, o trecho “Na Drogaria Pacheco, os valores sofrem variação significativa, podendo ser encontrado por R$ 66,53 ou por R$ 239,50” trazia uma informação errada de valor do produto, de acordo com a assessoria das Drogarias Pacheco. “O valor do nosso autoteste é R$ 66,53 [como informado na matéria]. O combo de três unidades do autoteste é vendido a R$ 146,70”, informou a empresa. E o nome “Drogarias Pacheco” foi grafado “Drogaria Pacheco” na primeira versão da reportagem.