Pesquisa da Febraban alerta sobre os impactos do bullying na vida de jovens e adolescentes
Humilhação, ameaças e intimidação que caracterizam o bullying, agora acontecem de forma digital
Humilhação, ameaças e intimidação que caracterizam o bullying, agora acontecem de forma digital. Os problemas de bullying e cyberbullying assumiram um quadro assustador para crianças e adolescentes que convivem no ambiente escolar e no meio digital.
Segundo a Pesquisa Febraban Ipespe ‘’Bullying e Cancelamento : Impacto na vida vida dos brasileiros’’, mais de 79% das pessoas que responderam a pesquisa acham que os casos de bullying cresceram no país. As ameaças ao equilíbrio psicológico e a saúde mental, também comprometem o desempenho dos jovens e a forma como se comportam em sociedade. Antonio Lavaredo, sociólogo e cientista político também afirma que o estresse provocado por essas práticas ainda são encontradas em seres em uma fase frágil de desenvolvimento.
O retorno presencial das aulas nas escolas também tem sido marcado por muitas adversidades. Prova disso é que situações de violência e questões relacionadas à saúde mental no ambiente escolar têm sido notícia em todo o Brasil. Para os entrevistados na pesquisa, os maiores fatores para se tornar alvo de bullying entre os colegas são orientação sexual, cor e etnia. Seguidos pela afirmação de poder, brincadeira inconsequente e popularidade. Entre os pais com filhos na idade escolar, 81% relatam receio de que seus filhos sejam vítimas dessas práticas, e que, atitudes de humilham ou discriminam alguém não podem ser consideradas brincadeira .
Os agressores verbais que se destacam nas redes sociais costumam envolver colegas as quais convivem no ambiente escolar. Para a professora e pesquisadora do Departamento de Psicologia da Educação da Universidade Estadual Paulista (Unesp) Luciene Tognetta, as pessoas que caminham para uma compreensão do que é bullying e que observam a preocupação dos pais, sabem que o ambiente escolar ainda requer de maiores cuidados e que os mesmo apenas ‘‘ apagam o fogo’’.
Para o Febraban/ Ipespe, a cada dez entrevistados, sete acreditam que a principal consequência do bullying é o desenvolvimento de ansiedade, insegurança, depressão e distúrbio alimentar. Nos casos mais graves, as vítimas se sentem mais isoladas e podem até cometer suicídio.
Dentre os casos menores até os mais graves, 62% dos entrevistados relatam que as vítimas não denunciam os agressores e que o principal motivo para o silêncio se dá pela vergonha, falta de apoio, falta de conhecimento de onde fazer a denúncia e o medo das críticas.