O que é a Síndrome de Burnout e porquê a procura pelo seu tratamento aumentou? Entenda
Para a psicóloga, Jordana Ribeiro, o Burnout é “um distúrbio que, dependendo do grau, precisa entrar com uma dosagem de medicação que é passada pelo psiquiatra”
A Síndrome de Burnout é considerado um distúrbio emocional, ligado a situações de trabalho desgastante, ou excesso de trabalho. A síndrome foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS) e passou a ser considerada doença ocupacional em 1º de janeiro de 2022.
Também conhecida como síndrome do esgotamento profissional, a doença teve um aumento na procura por tratamentos durante o período da Pandemia da Covid-19. Essa crescente pode estar associada ao home office.
Segundo a psicóloga Jordana Ribeiro, a pessoa pode associar os ambientes da casa, que antes eram designados ao descanso, ao trabalho.
“Onde antes tinha toda uma questão de horário de chegada e saída do trabalho, início e fim da jornada, agora, em home office, a pessoa perde a noção e a diferenciação entre estar trabalhando e estar em casa no momento de descanso”, comenta a psicóloga.
Jordana explica que a pessoa passa por uma despersonalização pelo esgotamento físico e mental. Assim, o trabalhador se sente sobrecarregado e, esse esgotamento, leva a perda das características comportamentais.
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“Como a pessoa está emergida naquele esgotamento, ela não percebe de imediato a mudança nas características da personalidade, quem percebe são as pessoas externas”, pontua.
Dessa forma, uma pessoa, que geralmente era reconhecida por ter uma personalidade tranquila, passa a apresentar sinais de irritação, raiva, agressividade e ansiedade, sem perceber.
A profissional ainda aconselha os colegas de trabalho ficarem atentos aos sinais. “Quem presencia essa despersonalização são as pessoas do convívio dela, que podem, inclusive, alertar o trabalhador a procurar ajuda psicológica”, indica.
Sintomas
Além da sensação de exaustão, a síndrome também gera aumento do distanciamento mental, redução da eficácia do trabalho, falta de motivação, baixa autoestima, dificuldade de concentração, e depressão.
Há ainda sintomas físicos, como resfriados frequentes, insônia, tensão muscular, fadiga, dores de cabeça recorrentes, palpitação, pressão alta e até problemas gastrointestinais.
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Tratamentos
Para a psicóloga, o Burnout é “uma distúrbio que, dependendo do grau, precisa entrar com uma dosagem de medicação que é passada pelo psiquiatra”. Mas, a maioria dos casos podem ser revertidos no processo psicoterapêutico.
Normalmente, o efeito do tratamento psicoterapêutico surte entre um e três meses, porém, pode perdurar por mais tempo, dependendo do caso.
Para evitar o distúrbio, o Ministério da Saúde indica realizar atividades físicas regularmente. Além de exercícios de relaxamento, como forma de aliviar o estresse.
“Estipular uma rotina e seguir os prazos para ter um horário de parada, prazo de tirar férias e descanso aos finais de semana também é essencial”, conclui a psicóloga Jordana Ribeiro.