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sábado, 23 de novembro de 2024
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Política

Maioria dos candidatos ao governo deve deixar registro de candidatura para última hora

Dos nove nomes ao governo de Goiás, quatro fizeram a declaração à Justiça Eleitoral

Postado em 13 de agosto de 2022 por Francisco Costa

Os partidos dos candidatos têm até esta segunda-feira (15) para registrar candidaturas e declarar os bens à Justiça Eleitoral. A maioria daqueles com nome ao governo de Goiás, inclusive, deve deixar para última hora e fazer a declaração nesta data.

Até o fechamento desta reportagem (por volta das 17h de sexta), quatro candidatos ao governo de Goiás registraram seus nomes: o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (Patriota), o empresário Edigar Diniz (Novo), o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) e o ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) Wolmir Amado (PT). 

Vale pontuar, Goiás tem nove nomes ao governo. Além dos citados, são eles: o deputado federal Vitor Hugo (PL), a socióloga Cíntia Dias (PSOL), a professora Helga Martins (PCB), o professor Reinaldo Pantaleão (UP) e Vinícius Gomes (PCO).

Além disso, seis dos dez candidatos ao Senado fizeram suas declarações ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – aqui a maioria. Os primeiros foram Marconi Perillo (PSDB), João Campos (Republicanos), delegado Waldir Soares (União Brasil) e Alexandre Baldy (PP). Destes, os dois últimos são base do governador Ronaldo Caiado. Denise Carvalho (PCdoB) e Leonardo Rizzo (Novo) também registraram.

Completam a lista de candidatos que deve se registrar até o dia 15: Manu Jacob (PSOL), Wilder Morais (PL), Antônio da Paixão (PCO) e Vilmar Rocha (PSD), este último também da base de Caiado. 

Declarações dos nomes ao Senado

Dos nomes ao Senado, Alexandre Baldy declarou R$ 3.162.750,91. Os maiores valores são um apartamento de R$ 1,325 milhão e outro R$ 1 milhão em “créditos e poupança vinculados”. O delegado Waldir, por sua vez, informou R$ 1.104.283,79 em bens. Entre os itens, constam duas casas: uma de R$ 480 mil e outra de R$ 30 mil. 

Já o ex-governador Marconi Perillo declarou o maior valor patrimonial: R$ 7.352.616,86. Os itens mais caros são dois apartamentos, sendo um de R$ 2.167.143,30 e outro R$ 1.577.149,54. João Campos, que fez o registro nesta sexta-feira, informou R$ 1.303.793,52. Entre eles, uma casa de R$ 1.121.036,60.

Além deles, também declararam nesta sexta Denise Carvalho (PCdoB), R$ 771.746,33 (um apartamento); e Leonardo Rizzo (Novo), R$ 16.049.774,82 (o maior valor está em “quotas ou quinhões de capital”, R$ 6.815.890)

Governadoriáveis 

Em relação ao governo, Mendanha informou R$ 946.133,99 em bens. No detalhamento, os itens com mais valor são duas casas: uma de R$ 294.000 e outra de R$ 360.733,66. 

Da mesma forma, também consta a declaração de bens do candidato a vice do ex-prefeito de Aparecida, o ex-deputado federal Heuler Cruvinel (Patriota). O patrimônio do político no TSE é de R$ 2.569.252,05. Os maiores valores são quatro apartamentos, que variam de R$ 300 mil a R$ 320 mil. 

Edigar Diniz, por sua vez, R$ 1.037.782,71. Os destaques são uma casa (R$ 280 mil); “terra nua”, uma propriedade rural sem construção (R$ 316.764,28); e “quotas ou quinhões de capital (R$ 280 mil). O vice dele, Jamil Said, registrou R$ 4.495.342. Na declaração constam, entre outras coisas, uma aplicação de renda fixa (R$ 1.315.845) e um fundo de curto prazo (R$ 1.160.334).

Wolmir Amado, nesta sexta, declarou cerca de R$ 1 milhão em quatro itens do detalhamento: dois apartamentos, um de R$ 500 mil e outro de R$ 215 mil; uma casa de R$ 120 mil; e um aplicação de renda fixa no valor de R$ 256 mil. O vice dele, Fernando Tibúrcio (PSB), R$ 7.070.379,61.

Até o momento, o maior valor patrimonial entre os governadoriáveis foi o de Ronaldo Caiado: R$ 24.874.436,19. O “item” de maior valor é classificado como “outros bens e direitos” (R$ 5,4 milhões). Já o vice, Daniel Vilela (MDB), informou R$ 4,6 milhões.

Senado, Caiado e Marconi

O ex-governador Marconi Perillo destiu de disputar o governo e optou pelo Senado. O tucano já liderou pesquisas à Casa Alta do Congresso quando tinha o nome colocado e, na ausência dele, o posto era de delegado Waldir. 

Com o retorno de Marconi, a base de Caiado que tem três nomes na disputa (Waldir, Baldy e Vilmar Rocha) pode optar pelo nome de consenso. Em reportagem no começo da semana, o professor e cientista político Marcos Marinho disse que tudo dependerá da estratégia do governador. “Se a estratégia de Caiado for realmente derreter o Marconi ao máximo, aí ele teria que optar por um só e forçar o voto da base em apenas um nome.” 

Ele, contudo, avalia outra situação, a de que Marconi não seria mais adversário de Caiado – inclusive, o tucano liberou nomes do partido a apoiarem o governador em uma espécia de trégua ou mesmo “aliança velada”, como chamou Gustavo Mendanha. “Então, para ele fazer isso, de forçar um só nome, seria entrar em uma seara que ele tem evitado: se indispor com alguém da base ao ter um nome de consenso.”

Também cientista político, Guilherme Carvalho acredita que Caiado tentará, sim, afunilar uma candidatura. “Com a chegada de Marconi, o governo precisará concentrar forças para fazer um nome forte.”

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