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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Opinião

O ESG e sua força transformadora

Ns empresas, reparamos mudanças reais. É um processo natural de profissionalização que ocorre de forma orgânica

Postado em 19 de agosto de 2022 por Redação

Zé Garrote

Por duas gerações, acompanhamos mudanças reais nas empresas. É um processo natural de profissionalização que ocorre de forma orgânica. Uma empresa inspira outras e as ideias ganham velocidade. Logo se tornam práticas comuns em várias companhias. É uma dinâmica presente na experiência que começa com um gestor ou coordenador, depois se torna um departamento, para, naturalmente, se tornar ou compor uma diretoria. Aconteceu com o Recursos Humanos, Responsabilidade Social, Tecnologia da Informação, E-commerce, Compliance, entre outros.

Essa mutação benigna no organograma é sinônimo de evolução e profissionalização dos negócios. Aos poucos, já presente em empresas globais e várias nacionais e regionais, a sigla ESG (Environmental, Social and Governance) deixa de ser uma ideia e evolui para montagem de equipes, departamentos e, em breve, diretorias. É natural porque o conceito do ESG soma práticas das empresas nas últimas décadas, como preservação do meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar boas práticas de governança.

Podemos dizer que, por anos, as empresas se preparam e, com o conceito maduro e a sustentabilidade no centro do debate mundial, vão evoluir para a cultura ESG, estruturando-se para assumir e compensar, de fato, os impactos que geram na sociedade e em todo ecossistema natural. O ponto positivo deste processo é que, diferente de iniciativas anteriores, o ESG é um conceito inserido na gestão e estratégia corporativa, entrando na pauta dos tomadores de decisão.              

Os indicadores ESG avaliam, metrificam e geram relatórios, com critérios e parâmetros internacionais, as políticas de sustentabilidade, sociais e de governança. A palavra-chave é equilíbrio neste tripé, pois não existe um bom projeto de governança sem ações coerentes nas outras duas áreas. O que vale no ESG é o conjunto da obra.

Os projetos de ESG podem ser indutores também de expansão, conquistando clientes, mercado e investimentos – pois todos hoje estão atentos aos indicadores não-financeiros. A competitividade está na convergência do que se produz (produtos e serviços) e o potencial transformador da empresa e sua integração positiva com a sociedade. 

A Adial é uma estimuladora do conceito ESG. Acreditamos em sua mudança de visão corporativa e também sua aplicabilidade, além do mundo empresarial, no setor público, em todas as esferas de governo. A sociedade está atenta e pronta a cobrar uma agenda privada e pública com objetivos, metas e políticas sustentáveis, sociais e ambientais, além de transparência corporativa. Só o sucesso do ESG, nesta próxima década, transformará o mundo em um lugar melhor.
Zé Garrote é presidente do conselho da Associação Pró-desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás (Adial)

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