Lideranças enxergam Baldy na contramão da boa política
Investidas contra adversários são vistas como tentativa de alavancar seu nome a qualquer custo.
O candidato ao senado, Alexandre Baldy (PP), tem sido comentado nos bastidores políticos devido a atitudes tomadas por ele que estão sendo encaradas como “desleal” e “ jogo sujo” por alguns candidatos e interlocutores. A primeira destas que ganhou notoriedade, foi o pedido de impugnação da candidatura do rival, Marconi Perillo (PSDB).
O pedido foi registrado junto ao Tribunal Regional Eleitoral do estado de Goiás (TER-GO). Segundo apurado pela reportagem do O Hoje, à época, os advogados de Baldy alegaram que existia duas situações irregulares no registro do segundo suplente de Marconi, empresário Marcos Ermínio de Moraes. O pedido alegava que a data da filiação do empresário era diferente da verdadeira e que o endereço de Ermínio em Goiânia seria falso.
Além disso, outra evidência citada no processo foi o fato de Ermínio de Moraes ter requerido a transferência do domicílio eleitoral de São Paulo para Goiás, em 11 de fevereiro deste ano. Embora a data estivesse dentro do prazo legal, o texto destacou que o candidato a suplente não reside em Goiás e não possui negócios aqui, logo, não possui vínculos que justifiquem a mudança de domicílio.
A assessoria de imprensa da campanha de Marconi emitiu uma nota afirmando que Baldy começou a campanha “lançando mão de fake news”. A nota também afirmou que os documentos relativos à filiação de Marcos Ermínio seriam enviados.
A esta reportagem, a assessoria de imprensa de Alexandre Baldy disse, por meio de nota, que as medidas tomadas pela equipe jurídica estão amparadas pela lei e não existe qualquer tipo de jogo sujo. “Não faço parte do grupo das velhas raposas políticas, que se utilizam de formas escusas e, na maioria das vezes, anônimas para atacar aos adversários. Eu confronto diretamente mesmo. Vendem até a vaga de suplente para alcançar seus objetivos. Minha conversa sempre será franca e verdadeira, seja direcionada aos oponentes, à imprensa ou ao eleitor, pois não tenho rabo preso”, pontuou Baldy.
A nota seguiu afirmando que todas as ações da campanha do candidato são tomadas em respeito à democracia, à liberdade de imprensa e sobretudo ao eleitor, que não pode ser enganado com informações que não correspondam à verdade.
Delegado Waldir
Contudo, os desconfortos não pararam por aí. A assessoria de imprensa de Baldy divulgou um release afirmando que Delegado Waldir (União Brasil), também candidato ao senado pela chapa governista, estaria desconfortável ao não ter participado de uma ‘selfie’ durante carreata com Daniel Vilela (MDB), em uma região onde, segundo o release, “está toda fechada com o candidato a senador, Alexandre Baldy, fato que deixou Delegado Waldir deslocado em meio ao grupo de políticos que desfilou nos carros principais da caravana”. O texto ainda afirmou que Waldir tem tentado ‘colar’ ainda mais a imagem na campanha do governador, mas, “pelo visto, a campanha de Caiado que não colou com Waldir”.
Vilmar Rocha
Por fim, nos bastidores deste cenário político circulam boatos de que Baldy estaria fazendo circular a informação de uma suposta desistência de Vilmar Rocha (PSD) – também da chapa do governo – ao senado. Contudo, conforme apurado pelo jornalista Felipe Cardoso em reportagem publicada no jornal O Hoje, lideranças de relacionamento estreito com Vilmar afirmaram que não passa de um boato plantado na tentativa de prejudicar o candidato. Em entrevista à imprensa local, Vilmar negou que pense em desistir da disputa.