Marketing no cooperativismo
Eduardo Mireski é gerente de marketing de central de cooperativas financeiras no Brasil Central.
Eduardo Mireski
Quem não é visto não é lembrado, já dizia com muita sensatez Patrick Munzfeld. Também por isso, esse é um dos motivos pelo qual o marketing deve estar sempre presente nas instituições, visando reforçar sua imagem de forma planejada e assertiva. Tal máxima tem sido aplicada ao sistema cooperativo de crédito.
Diferente do que já ocorre em outros países, onde o cooperativismo é muito conhecido, no Brasil seguimos buscando essa visibilidade para o setor. Nosso intuito dentro desse contexto é trazer à luz as vantagens do segmento, entre eles o benefício para quem é dono do próprio negócio e inclusive conta com rateio dos resultados anuais. Soma-se a isso o retorno à comunidade local com ações sociais, a proximidade com a instituição que não visa lucro, mas sim ajudar pessoas. Por essência, somos uma instituição financeira cooperativa comprometida com a vida financeira dos associados e com o desenvolvimento das regiões onde atuamos.
A inovação também está presente, juntamente com o Banco Central, que regulamenta e olha também para o cooperativismo de crédito, temos tido êxito nas melhorias, levando ao associado o que há de mais novo em ferramentas e tecnologia. A evolução do setor de marketing também não fica para trás. O próprio mercado tem nos dado opções que não tínhamos há alguns anos. Hoje temos uma gama infinita de possibilidades, de mídias digitais e offline para chegar ao nosso público, e pensamos sempre na comunicação em multi canais, e formatos para falar de forma personalizada com cada segmento que necessitamos atingir.
Ao longo do ano, outro diferencial que contribui para a melhoria do cenário e divulgação do cooperativismo de crédito são os eventos e congressos do setor. Para citar apenas alguns temos a Conferência Mundial das Cooperativas de Crédito, Woccu (sigla em inglês) e o Congresso Brasileiro do Cooperativismo de Crédito (Concred). Em todos eles aprendemos um pouco mais, seja com os erros ou os acertos das demais instituições cooperativistas.
Em busca desse conhecimento de mercado, pesquisas para conhecer o público e entender as necessidades das pessoas, foi feita a pesquisa “Benefícios Econômicos do Cooperativismo de Crédito”, que está sendo conduzida desde 2020. A primeira, encomendada pelo Sicredi à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), concluiu que o cooperativismo de crédito incrementa o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando, portanto, o empreendedorismo local. Resultados como este são uma parte do que nos move. Eles são fundamentais para alavancar o segmento no Brasil, que no total já conta com cerca de 11 milhões de associados, segundo o Banco Central.
Eduardo Mireski é gerente de marketing de central de cooperativas financeiras no Brasil Central