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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Extorsão

Quadrilha que usava nome de delegado-geral de GO para praticar ‘golpe de nudes’ é presa

Dentre os 16 mandados judiciais, cinco foram prisões temporárias, três prisões preventivas e oito mandados de busca e apreensão

Postado em 26 de setembro de 2022 por Ana Bárbara Quêtto

A Polícia Civil de Goiás cumpriu 16 mandados judiciais contra uma quadrilha suspeita de se passar por um delegado para aplicar o “golpe dos nudes” contra pelo menos três vítimas goianas. Os mandados foram cumpridos no Rio Grande do Sul, nas cidades de Porto Alegre, Charqueadas, Taquara, Viamão, Guaíba e Osório, na última sexta-feira (23/9).

Segundo as investigações, os suspeitos entravam em contato com as vítimas pelas redes sociais. Um homem se apresentava como uma mulher e, após o primeiro contato, enviava imagens de nudez, passando-se pela jovem.

Em seguida, o criminoso se apresentava como pai da jovem e ameaçava ir à delegacia denunciar os fatos, já que sua filha seria menor de idade. Momentos depois, outro pessoa entrava em contato com a vítima informando ser o delegado que investigava o caso.

Para “resolver a situação” do inquérito e, assim, evitar a prisão, o homem exigia altos valores das jovens. Coagida, a vítima transferia os valores. De acordo com a polícia, o grupo criminoso chegou a utilizar nome e fotos do delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, Alexandre Lourenço, para praticar a extorsão.

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Prisão dos suspeitos

Dentre os 16 mandados judiciais, cinco foram prisões temporárias, três prisões preventivas e oito mandados de busca e apreensão. Durante a ação, os policiais também identificaram outras duas vítimas: uma de São Paulo e outra do Amazonas.

No entanto, acredita-se que o número de jovens atingidas no Brasil passe de 2 mil. A pena de extorsão majorados chega a dez anos de reclusão.

Além disso, o grupo ainda pode responder por associação criminosa, com pena de até três anos; falsa identidade com pena de até um 1 ano; e, eventualmente, poderão responder por lavagem de capitais, cuja pena chega a dez anos.

A operação contou com 60 policiais e foi deflagrada pela Polícia Civil de Goiás em parceria com a Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

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