STF mantém prisão de fazendeiro acusado de mandar matar dois advogados, em Goiânia
Este é o 15º pedido de soltura que foi indeferido
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter a prisão de Nei Castelli, acusado de mandar matar os advogados Marcus Aprígio Chaves e Frank Carvalhaes, em Goiânia. O fazendeiro segue detido na Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida.
O crime ocorreu em outubro de 2020, dentro do escritório profissional das vítimas, localizado no Setor Aeroporto, na capital goiana. Este é o 15º pedido de soltura que foi indeferido.
A decisão de manter o fazendeiro detido foi do ministro Alexandre de Moraes. Segundo ele, a manutenção da prisão é necessária devido “a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi na prática delito”.
Conforme o ministro, a prisão preventiva mantem a ordem pública. Moraes afirma, ainda, que as apurações dos homicídios apontaram que os assassinatos ocorreram sem a possibilidade de defesa das vítimas.
Para Moraes, “é imperiosa a necessidade de se garantir a ordem pública, evidenciada sobretudo diante de fatos concretos aos quais se atribuiu acentuada gravidade e que revestem a conduta de remarcada reprovabilidade”.
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Relembre o crime
As investigações apuraram que Nei Castelli teria encontrado dois pistoleiros, por R$ 100 mil para cometerem os homicídios. O homem também teria oferecido R$ 500 mil para os suspeitos não contarem sobre a participação dele no ato criminoso.
De acordo com as investigações, o crime foi cometido após os advogados conquistarem, em novembro do ano passado, na justiça, uma ação de reintegração de posse de uma propriedade rural em São Domingos, no Nordeste Goiano.
Atualmente, essa propriedade é ocupada por familiares do fazendeiro e está avaliada em quase R$ 50 milhões. Nei Castelli foi o último suspeito de envolvimento no crime a ser detido.