Renovação de seguro de veículo pode ficar 32,5% mais caro
Valores de mão de obra, peças de veículos e até mesmo o custo de vida mais alto, eleva os preços dos seguros de automóveis
Motoristas proprietários de veículos e motocicletas têm sentido dificuldades em renovar o seguro dos mesmos, os motivos são vários e entre eles, a inflação alta, o aumento nos preços dos veículos e o fim do período de pandemia elevam o preço do seguro em todo o país.
Valores de mão de obra, peças de veículos e até mesmo o custo de vida mais alto, eleva os preços dos seguros de automóveis. Com a volta ao trabalho presencial e a reabertura das escolas, o movimento de veículos voltou ao normal, aumentando inclusive o número de sinistros e roubos nas ruas das principais capitais do país. Todos esses fatores levam as justificativas das seguradoras que elevaram os preços dos seguros
Isso é o que mostra a Susep (Superintendência de Seguros Privados), de janeiro até março deste ano foram pagos R$7,2 bilhões a segurados para indenizar diferentes tipos de sinistros. Com isto, a comparação anual mostrou um aumento de 41,3%.
Társis Sobreira Silva é proprietário da Nova Camelot Corretora de Seguros e explica o aumento e mostra que existem opções para tentar baratear o valor do seguro, segundo Társis, o ideal é que o segurado não deixe de fazer a renovação, pois pode afetar o histórico de renovações e perder descontos que seriam importantes futuramente.
“Faltando carro no mercado, os carros subiram de preço. Carros que valiam R$60 mil, passaram a valer de R$100 a R$120 mil, logo com valores tão altos, as seguradoras precisam aumentar o preço, devido ao aumento de peças, de mão de obra e insumos”, explica Társis.
De acordo com o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) a média dos prêmios do seguro veicular, considerando coberturas para veículos zero quilômetros e também de veículos usados, aumentou 32,45% no último ano.
No entanto, a receita das seguradoras não acompanhou o acréscimo dos desembolsos. A arrecadação, no mesmo período, passou de R$8,6 bilhões em 2021 para R$10,6 bilhões em 2022, uma alta de apenas 23,3%.
Dicas para baratear o seguro
Enquanto a situação não melhora, o motorista que não pode esperar e precisa proteger seu patrimônio precisa encontrar formas de tentar baratear o seguro e encaixá-lo em seu orçamento. A redação do jornal O Hoje pesquisou quais as melhores formas com especialistas no assunto.
Principalmente para quem está contratando pela primeira vez é essencial se atentar à sua necessidade. Além da cobertura para terceiros, é conveniente ter uma cobertura compreensiva, para cobrir os sinistros mais caros do veículo (acidentes, roubo, furto e incêndio). Mas, contratando somente o que é necessário.
“Para quem não abre mão de um seguro completo, existem opções mais enxutas, com guincho menor, sem carro reserva, com cobertura menor para terceiro, assistência mais enxuta também. existem várias opções de redução e deixar mais básico”, ensina Társis.
É importante também, nunca deixar para depois, não esperar o seguro abaixar para então fazer, pois sempre será mais caro conforme a faixa etária, e várias situações de vida Explica Társis. “Se já tiver 18 anos é mais caro, para solteiros, viúvas, sempre é mais caro, ou para pessoas mais velhas. Geralmente é mais barato para pessoas casadas”.
Pode influenciar também no preço dos seguros o CEP, o Score no Serasa, histórico de batidas, se mora em apartamento, casa ou condomínio, vários fatores acabam influenciando o valor final do seu seguro e ter um bom corretor pode realmente fazer a diferença quando se busca um bom preço.