“Não volto para a Polícia Civil”, diz Delegado Waldir após derrota nas urnas
Deputado federal até o ano que vem, Delegado Waldir seguirá na política por enxergá-la como ferramenta para “ajudar a mudar a vida das pessoas”
Deputado federal até o ano que vem, delegado Waldir (União Brasil) seguirá na política. “Não volta para a Polícia Civil”, afirmou o parlamentar ao Jornal O Hoje. Vale lembrar, Waldir foi o deputado federal mais votado em 2014, com 274,6 mil votos, e em 2018, com 274,4 mil. Neste pleito, ele disputou o Senado e teve 539.219 votos, terminando em terceiro lugar com 17,04% das confirmações nas urnas goianas.
O ex-senador Wilder Morais ficou em primeiro, com 799 mil votos (25,25%), enquanto o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) terminou em segundo, com 626,6 mil eleitores (19,8%). Os demais foram: Alexandre Baldy (Progressistas), 406.379 (12,84%); João Campos (Republicanos), 350.222 (11,07%); Denise Carvalho (PC do B), 299.013 (9,45%); Vilmar Rocha (PSD), 55.934 (1,77%); Manu Jacob (PSOL), 51.743 (1,64%); e Leonardo Rizzo 35.998 (1,14%).
Como o mandato só termina em fevereiro, Waldir diz que segue com o trabalho. “Até final de janeiro de 2023 continuo meu mandato de Deputado Federal, inclusive tenho um orçamento de 30 milhões para ajudar os municípios e cidadãos de Goiás”, destaca.
Questionado sobre o futuro, ele o atrela a política, independente de estar em cargo eletivo. “A política hoje é a ferramenta que tenho para ajudar a mudar a vida das pessoas. Com mais saúde, educação, segurança, proteção as crianças e adolescentes”, enumera.
Em relação a cargos no governo de Ronaldo Caiado (União), seu aliado, ele não adianta nada. “Quanto ao restante, vamos aguardar o final de nosso mandato.”
Oito não voltarão à Câmara Federal
O delegado Waldir é apenas um dos oito deputados federais que não retornarão à Câmara Federal para a próxima legislatura. Francisco Júnior (PSD) até disputou a reeleição, mas não conseguiu a manutenção do cargo eletivo. Ele teve 48,5 mil votos, mas foi superado pelo colega de partido Ismael Alexandrino.
Já o deputado federal João Campos (Republicanos) ficou de fora por motivo igual ao do delegado Waldir. O parlamentar experiente também entrou na disputa ao Senado, mas como citado terminou em quinto lugar com 11,07%.
O caso do deputado José Mário Schreiner (MDB) é diferente. Ele sequer concorreu a um cargo eletivo. Vice-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o político decidiu se dedicar a entidade. Ele, contudo, transferiu suas bases e garantiu seu apoio à vereadora por Rio Verde Marussa Boldrin (MDB). A emedebista, por sinal, conseguiu garantir uma cadeira naquela Casa do Congresso.
Já Lucas Vergílio (Solidariedade) entrou no páreo, mas não garantiu “lugar à mesa”. Mais votado do partido, ele teve 76,2 confirmações nas urnas. Como a sigla não alcançou o quociente eleitoral, ele não é, sequer, suplente. Esta é a mesma situação de Elias Vaz (PSB). O partido também não garantiu nenhuma cadeira. Por isso, mesmo com seus 30,4 mil votos ele não é suplente, assim como Alcides Rodrigues (Patriota), que teve 32 mil votos.
Por fim, Vitor Hugo (PL), que teve 31 mil votos em 2018, ficou de fora da Casa por ter optado por disputar o governo de Goiás como candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele terminou em terceiro lugar, atrás de Caiado e Gustavo Mendanha (Patriota).
Já os reeleitos para Câmara foram: Flávia Morais (PDT), Glaustin da Fokus (PSC), José Nelto (Progressistas); Adriano do Baldy (Progressistas), Célio Silveira (MDB); Professor Alcides (PL), Dr. Zacharias Calil (União Brasil), Rubens Otoni (PT), Magda Mofatto (PL). As novidades são: Silvye Alves (União Brasil), Gustavo Gayer (PL), Delegada Adriana Accorsi (PT), Marussa Boldrin (MDB), Daniel Agrobom (PL), Jeferson Rodrigues (Republicanos), Dr. Ismael Alexandrino (PSD) e Lêda Borges (PSDB).