O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) publicou uma enquete no Twitter, nesta segunda-feira (7/11), para que a população opine sobre o retorno do horário de verão. A medida foi extinta em abril de 2019, no primeiro ano de mandato do atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Governo que consulta a população. O que vocês acham da volta do horário de verão?”, escreveu o petista, convidado a participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) na terceira semana de novembro.

Em cerca de 10 minutos, a publicação já contava com 116.260 votos (74%), por volta das 18h27. No horário que essa notícia foi publicada, 14 horas depois, o resultado favorável pela medida caiu para 68,3%. A enquete tem duração de 24h, e restam apenas 10 horas para acabar.

Discussão sobre o tema

O horário de verão (fuso horário) voltou a ser debatido entre brasileiros na semana passada, após o ator Bruno Gagliasso, deixar uma mensagem retorno da medida no país ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB).

“Aproveito o momento para pedir ao nosso vice-presidente eleito Geraldo Alckmin que inclua a volta do horário de verão no plano de transição. Horário de verão é o Brasil feliz de novo!”, disse Gagliasso.

Como resposta, o vice-presidente eleito apenas publicou emojis de um papel com lápis, como referência de “anotado”.

Suspensão

Com duração entre outubro e fevereiro em parte dos estados, o Horário de Verão foi primeiramente utilizado no início da década de 1930 pelo Governo Vargas como uma forma para reduzir o consumo de energia elétrica. A redução ocorria a partir do melhor aproveitamento da luz natural com o adiantamento dos relógios em uma hora.

De acordo com a atual gestão, o horário de verão foi suspenso porque, nos últimos anos, houve mudanças no hábito de consumo de energia da população. Conforme estudos do governo, os brasileiros deslocaram o maior consumo diário de energia para o período da tarde. Com isso, o Horário de Verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico.

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