Confeiteira cria receita de sorvete com óleo de palma no lugar da gordura hidrogenada, em Goiânia
Associação Brasileira de Produtores também explica benefícios do óleo à saúde
Em Goiânia, uma confeiteira desenvolveu uma solução saudável para substituir a gordura hidrogenada em suas receitas de sorvete, pelo óleo de palma. Também chamado de azeite de dendê, que é extraído do fruto do dendezeiro, ele é considerado uma gordura saudável, rico em vitamina A, E, antioxidantes, e propriedades que podem ajudar a melhorar a saúde física e mental.
Dona Conceição, fundadora da gelateria Di Maria, explica que a receita faz sucesso e está longe dos perigos da saúde. “Depois de pesquisar e ver os perigos que a gordura hidrogenada causa à nossa saúde, resolvi buscar uma alternativa. Foi aí que encontrei o óleo de palma, que além de ser um produto natural, não causa danos a saúde”.
Além de ser uma alternativa saudável, ela conta que o sorvete com óleo de palma também permite mais leveza e sabor. “O sorvete feito com gordura trans, tem sabor artificial, sem falar que, após consumir, vem a sensação de empanzinamento. Já o óleo de palma não tem sabor, ele só dá consistência no sorvete”, relata.
De acordo com a Associação Brasileira de Produtores de Óleo de Palma (Abrapalma), cerca de 80% da produção de óleo de palma, no Brasil é destinado à indústria alimentícia, como matéria-prima para produtos de grande consumo, como biscoitos, bebidas lácteas, temperos e sorvetes.
A associação também explica, que o óleo inclui em sua composição os ácidos graxos – essenciais para o funcionamento das células (responsáveis pela produção de energia, o transporte de gorduras do fígado para os tecidos do corpo), além de ômega 6 e 9.
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Medidas
Neste ano, inclusive, vence o prazo da Organização Mundial da Saúde (OMS), para a eliminação global da produção industrial da gordura hidrogenada (ou trans) em alimentos. De acordo com o relatório divulgado no dia 23 de janeiro, 43 países já implementaram medidas para a eliminação da substância, inclusive no Brasil. Porém, cinco bilhões de pessoas em todo o mundo ainda permanecem desprotegidas contra a substância.