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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Quebra de sigilo

Clinton, Trump e príncipe Andrew aparecem em lista de pessoas ligadas ao traficante sexual Jeffrey Epstein

Um porta-voz do ex-presidente confirmou que ele teria voado no avião de Epstein em 2019, mas ressaltou que não sabia dos “crimes terríveis” do bilionário

Postado em 4 de janeiro de 2024 por Daisy Rodrigues
Um porta-voz do ex-presidente confirmou que ele teria voado no avião de Epstein em 2019

Os ex-presidentes dos EUA, Bill Clinton e Donald Trump, assim como o príncipe Andrew, irmão do Rei Charles III do Reino Unido, são alguns dos nomes de destaque que aparecem em uma lista de pessoas ligadas ao bilionário americano Jeffrey Epstein, encontrado morto na prisão em 2019 após ser acusado de exploração sexual de menores. O documento com a lista foi publicado na última quarta-feira (3) e supõe-se que estejam incluídos cerca de 200 nomes, contendo algumas acusadoras de Epstein, empresários proeminentes, políticos e potencialmente mais.

Embora grande parte da informação tenha sido divulgada por outros recursos, como entrevistas aos meios de comunicação, essa é a primeira vez que os documentos são divulgados através do sistema jurídico. Os documentos judiciais — que têm mais de 900 páginas — corriam em segredo de justiça, quando a juíza Loretta Preska, de Nova York, determinou a quebra de sigilo de um processo contra a socialite britânica Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein.

Maxwell e Epstein são acusados de comandar uma rede de tráfico sexual de menores. Ghislaine Maxwell foi condenada a 20 anos de prisão e permanece presa em um presídio federal dos Estados Unidos. Os documentos contêm trechos de depoimentos de Maxwell e Virginia Giuffre. Também há um depoimento de Johanna Sjoberg que descreveu que o príncipe Andrew, filho da falecida rainha Elizabeth 2ª, tocou seus seios enquanto tirava fotos. 

Michael Jackson e o mágico David Copperfield também aparecem no documento, embora nenhum crime específico seja mencionado. Os documentos judiciais revelam o círculo social que orbitava ao redor de Epstein, que se declarou culpado de solicitação de prostituição a uma menor de idade em 2009. No entanto, os documentos divulgados não contêm nenhuma nova revelação sobre Epstein.

Quando Sjoberg foi questionada se Clinton era amigo de Epstein, ela afirmou que entendia que Epstein tinha negócios com ele.

Um porta-voz do ex-presidente confirmou que ele teria voado no avião de Epstein em 2019, mas ressaltou que não sabia dos “crimes terríveis” do bilionário.

Um representante de Clinton reiterou a negativa e disse à CNN que “já se passaram quase 20 anos desde a última vez que o ex-presidente Clinton teve contato com Epstein”. O ex-presidente não foi acusado de crimes ou irregularidades relacionados a Epstein. 

A magistrada ordenou que alguns nomes permanecessem sob sigilo porque identificariam as vítimas de abuso sexual. No entanto, mais documentos do caso deverão ser divulgados nos próximos dias.

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