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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Abertura de CPI

Foi omisso? Padre Fábio de Melo rompe silêncio e se posiciona sobre caso de Júlio Lancellotti

Além do sacerdócio, Fábio de Melo é cantor, participante fixo do programa Domingão do Huck e influenciador nas redes sociais, com mais de 26 milhões de seguidores no Instagram

Postado em 5 de janeiro de 2024 por Ícaro Gonçalves
Além do sacerdócio

Após sofrer críticas por internautas nas redes sociais, o padre Fábio de Melo usou o X (antigo Twitter) nesta sexta-feira (5/1) para se posicionar sobre a CPI que a Câmara Municipal do São Paulo pode abrir contra o colega padre Júlio Lancellotti.

Além do sacerdócio, Fábio de Melo é cantor, participante fixo do programa Domingão do Huck e influenciador nas redes sociais, com mais de 26 milhões de seguidores no Instagram. Nessa quinta-feira (4/1), internautas pressionavam Fábio para sair em defesa de Júlio Lancellotti, que tem sido atacados por bolsonaristas da Câmara Municipal paulista.

“Ao longo dos anos, em campanhas específicas, ajudei e divulguei o seu trabalho social. Recentemente falei com ele, prestei minha solidariedade. Neste momento, peço que Deus o fortaleça, que o conduza, e que tudo se esclareça o mais rápido possível”, afirmou Fábio de Melo na publicação ao comentar sobre a nota pública emitida pela Arquidiocese de São Paulo.

Em comunicado divulgado na quarta-feira (3/1), a assessoria de imprensa da Arquidiocese disse acompanhar “com perplexidade” as notícias veiculadas na imprensa sobre a possível abertura de uma CPI “que coloca em dúvida a conduta do Padre Júlio Lancelotti no serviço pastoral à população em situação de rua”.

Proposta de abertura de CPI

Conhecido por sua militância em favor de pessoas em situação de rua, padre Júlio Lancelotti alcançou reconhecimento nacional nos últimos anos. A última polêmica envolvendo o sacerdote foi na Câmara Municipal de São Paulo, que nesta semana deu início à coleta de assinaturas para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar ONG’s que prestar apoio a pessoas em situação de rua da cidade.

A CPI foi proposta pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil), membro da direita paulistana. Segundo o parlamentar, as organizações não governamentais (ONGs) Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, estariam promovendo o que chamou de “máfia da miséria”, que “explora os dependentes químicos do centro da capital”.

Segundo o vereador, essas organizações receberiam dinheiro público para distribuir alimentos, kit de higiene e itens para o uso de drogas à população em situação de rua. A política de redução de danos, segundo ele, gera um “ciclo vicioso” no qual o usuário de crack não consegue largar o vício.

A motivação para a CPI, no entanto, pode ser outra, mais ideológica do que preocupada com a situação dos desabrigados. Isso porque padre Júlio Lancellotti já demonstrou ser apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de políticas sociais defendidas por partidos de esquerda.

Leia também: Por que bolsonaristas e ex-MBL abriram uma CPI contra padre Júlio Lancellotti em São Paulo?

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