Vanderlan não deve abandonar o plano de concorrer em Goiânia
Político estaria vivendo o “melhor momento” para concorrer na Capital que sempre sonhou em administrar
Circula nos bastidores da política goiana a informação que o senador Vanderlan Cardoso (PSD) pode desistir de candidatar-se à prefeitura de Goiânia para bancar o nome de sua esposa, Isaura Cardoso (PSD), em Senador Canêdo.
A teoria até faz sentido. Antes, porém, alguns pontos devem ser considerados. Isaura atualmente ocupa uma posição de destaque no universo político: ela é suplente do senador Wilder Morais (PL). O político, por sua vez, já figuram como um dos grandes nomes na corrida ao governo de Goiás em 2026.
Dito isso, também é importante destacar que naquele ano o atual governador Ronaldo Caiado (UB) não poderá disputar por ter sido reeleito em 2022. Atualmente, o principal comentário é de que Caiado deve bancar o vice, Daniel Vilela (MDB), à sucessão.
Em um cenário onde Caiado está fora do páreo e Daniel figura como o nome do governo, as chances de Wilder Morais crescem exponencialmente, especialmente se daqui até lá o aliado de Jair Bolsonaro desempenhar um papel de destaque na Casa Alta do Congresso.
Se Wilder chegar ao posto que almeja em 2026, a esposa de Vanderlan será naturalmente alçada à posição de senadora da República. Mas esse é apenas um dos motivos que tendem a levar Vanderlan a entrar, de fato, briga por Goiânia.
Em paralelo ao cenário que envolve as eleições de 2026, já articuladas, inclusive, em 2023, ainda há uma extensa lista de motivos para que o senador dispute.
O principal deles, talvez, passe pelo momento em que vive Cardoso. Nos bastidores, o comentário é de que o senador vive a melhor fase de sua carreira política. A começar pelo papel de destaque no Senado, e consequentemente, com as pautas de interesse nacional.
Vanderlan preside a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, portanto está diretamente ligado a todos os assuntos ligados à ordem tributária e que envolvem a vida dos brasileiros. Ele ganhou destaque nacional ao participar ativamente das discussões sobre a Reforma Tributária e por isso teve o seu nome alavancado não apenas em Goiânia, em Goiás, mas em todo Brasil.
Outro fator que pesa na decisão de Vanderlan passa, naturalmente, pelos adversários políticos. É sabido, que Vanderlan não enfrentará em 2024, caso concorra, adversários de peso como enfrentou nas eleições anteriores na capital. O político foi adversário direto dos ex-governadores Iris Rezende Machado e Maguito Vilela, por exemplo.
Há ainda um descompasso em relação ao nome do governo na eleição de 2024, o que indiretamente favorece uma eventual candidatura do senador. Fala-se no nome de Bruno Peixoto, presidente da Assembleia Legislativa, como o candidato mais provável do governador. Porém, sabe-se também que há, no núcleo duro do governo, uma certa resistência em relação ao deputado. A leitura é que Bruno Peixoto no comando da Alego garante ao governador a governabilidade que precisará para “fazer bonito” no decorrer de seus últimos três anos de gestão.
Enquanto o prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos) trabalha para alcançar a viabilidade, resta ao senador dois adversários vistosos, nos bastidores, como políticos com ‘teto de votos’. Trata-se dos nomes federais Adriana Corsi, pelo PT, e Gustavo Geer, pelo PL.
Sendo assim, ainda que circulem comentários de que o senador pode recuar para bancar a candidatura incerta de Isaura em Senador Canedo essa tacada, aos olhos dos que veem a política mais de perto, beira a loucura. Dois nomes consultados pela reportagem não hesitam em cravar que o senador não só “vem” para a disputa como “vem para dar trabalho”.