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domingo, 22 de dezembro de 2024
Consequências

Abin não afastou servidores suspeitos de envolvimento em núcleo responsável por associar STF à facção criminosa 

Quatro servidores e um advogado seriam os membros da “Portaria 157” | Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Postado em 1 de fevereiro de 2024 por Isadora Miranda
Quatro servidores e um advogado seriam os membros da “Portaria 157” | Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Servidores que teriam tentado vincular nomes do Supremo Tribunal Federal (STF) à uma facção criminosa ainda não foram exonerados da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ao todo, seriam cinco pessoas identificadas pelas investigações da Polícia Federal (PF). Eles eram responsáveis por integrar o grupo “Portaria 157”. O caso teria ocorrido durante a direção de Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral, atual deputado federal e pré-candidato à prefeitura do Rio de Janeiro.  

“Portaria 157” 

Oficialmente, o núcleo foi criado com o objetivo de investigar ações de uma ONG de Direitos Humanos. Entretanto, em despacho assinado pelo Supremo, foi declarado que as atividades eram destinadas à vinculação de membros da Suprema Corte ao Primeiro Comando da Capital (PCC). “A atuação do NÚCLEO-EVENTO PORTARIA 157 caracteriza outra evidência de instrumentalização da ABIN, pois identificou anotações cujo conteúdo remete à tentativa de associação de Deputados Federais –, bem como Ministros do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, à organização criminosa conhecida como PCC (Primeiro Comando da Capital)”, informou o documento.  

Funcionários recém-nomeados 

Três do cinco envolvidos foram aprovados no último concurso da Abin, ocorrido em 2018. Assim, por serem recém-nomeados, a investigação indica que a direção da Abin se aproveitaria de valores hierárquicos e da falta de experiência dos servidores para solicitar os serviços.  

Além disso, um funcionário do senador Alan Rick, o advogado Ricardo Macedo, teria sido responsável pela autoria de um relatório que tentaria estabelecer uma relação entre os ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Em nota, Rick negou qualquer envolvimento. “Não tenho qualquer gerência sobre as atividades privadas dos meus servidores e como já foi veiculado, o referido servidor atuava como profissional liberal à época”, se defendeu o parlamentar.  

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