Já fazem mais de quatro anos desde o começo da pandemia global de Covid-19 em 2020 e que já ultrapassou nos últimos dias a marca 700 mil brasileiros mortos pelo vírus. Desde a metade do ano de 2023, o número de novos casos e de óbitos por mês vem lentamente diminuindo com o aumento da imunização e de um maior interesse público de sanitização pessoal. Contudo, o vírus está ressurgindo novamente em Goiás com um aumento neste início de 2024 com novos casos sendo reportado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES–GO).

Segundo um informativo da pasta, houve 6.880 novos casos de covid apenas no início de 2024 com 14 óbitos confirmado pelo órgão, com um aumento significativo na quarta semana do ano com 2.100 novos infectados relatados. Por causa disso, a incidência do vírus, que é medida pelo número de casos a cada cem mil habitantes, também aumentou de 60 para 71,37. Entretanto, vale lembrar que este aumento em janeiro ainda é inferior ao visto no ano anterior durante o mesmo período, quando eram 27.331 casos, uma quantidade quase de 300% maior. 

Apesar disso, esse aumento de casos afetou o planejamento das festas municipais de Carnaval de quatro cidades goianas, junto ao aumento de internações devido à dengue que já é considerada como pandemia em Goiás. Os municípios de Guapó, Itapuranga, Petrolina e São Francisco de Goiás tiveram suas festas canceladas de última hora, isto pelo motivo da grande quantidade de infectados se concentrar no interior do estado com mais de 4 mil confirmados. 

Com isso, a vacina da covid-19 era algo de alta prioridade na mente de uma grande parcela da população goiana, contudo, a antecipação da imunização em Goiás não continuou tão incisiva, mesmo com os alertas e as campanhas educativas do governo. Isto porque a SES-GO mostrou também que apenas 14% da população goiana está imunizada com a vacina bivalente, que é muito recomendada para pessoas em grupos de risco como bebês e idosos. Além disso, o Governo Federal considera como essencial para que as pessoas não tenham complicações originadas da doença. 

Para o médico infectologista Rafael Júnior, o aumento se deve pelas novas variantes e sub variantes da covid, chamadas de cepas, e também pelo fator da baixa imunização da população. “O aumento da covid é devido às cepas que estão aparecendo como a do omicron que a cada dois três meses nós temos um pequeno surto principalmente onde os locais onde que são pobres na imunização como o Brasil, infelizmente”, diz o afirmando a necessidade da vacinação.

Por causa disso, diz que que deve ter um aumento de casos mais brandos de covid por conta das festas de carnaval onde ocorre grande aglomeração de pessoas, mas que podem vir a ser com sintomas leves e brandos como um sintoma de gripe. “Para você ter uma ideia, a gente atendeu uma média de 30 pacientes semana passada de covid e estamos tendo um pequeno surto da variante do omicron então a gente espera infelizmente que vai ter uma explosão de caso com o carnaval pela doença ser contagiosa”.  

Para ele, os indivíduos devem prestar mais atenção com os cuidados da vacinação, em específico aos que apenas se imunizaram nos anos de 2021 e 2022 pois essas vacinas antigas não possuem o mesmo grau de proteção que a bivalente. Porém, esclarece que ainda não há um alto grau de mortalidade observado pela cepa do omicron que nem visto pela variante do início da pandemia. Contudo, ainda faz um alerta para pessoas com comorbidades como diabetes, pois a Covid pode complicar quadros oriundos desses problemas. 

Por causa disso, Rafael recomenda os mesmos procedimentos de cuidados básicos que foram usados durante a pandemia, como o uso de máscaras em locais fechados, o uso do álcool em gel em estabelecimentos e comércios e a recomendação de evitar locais aglomerados.