“Politização do judiciário”, diz Márcio ofensiva contra bolsonarismo
Pré-candidato à Prefeitura de Anápolis, Márcio Corrêa critica operação e comenta pesquisa recente
Márcio Corrêa não tem dúvidas: é o nome que mais desponta como favorito para concorrer, à base do Palácio das Esmeraldas, na chapa de oposição ao projeto do petista Antônio Gomide em Anápolis. Embora ‘bons’ pontos – bons para o deputado estadual do PT, Antônio Gomide, que lidera em vários cenários – à frente do adversário, Márcio, que é suplente de deputado federal (ele passou uns meses em Brasília) comemora o crescimento na última pesquisa feita na cidade.
Encomendada pelo Portal 6, a Paraná Pesquisas aferiu o que o anapolino tem em mente para digitar na urna. Por ora, a preferência é pelo 13 do Partido dos Trabalhadores.
Claro, Márcio Corrêa disputa, pau a pau, o queridômetro, entre bolsonaristas, com o ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL). Se o ex-braço direito de Bolsonaro na Câmara não for, de fato, candidato em Anápolis, Márcio tem um crescimento exponencial, podendo alcançar a 20,8% das intenções de voto. Ele fica até isolado na segunda posição com praticamente o triplo do que alcança o vereador Leandro Ribeiro (PP), que aparece com 7,1%.
A mesma pesquisa mostra o petista muito além, com 45,6% das intenções de votos, vencendo, inclusive, no primeiro turno, considerando os votos válidos. Claro, se a eleição fosse por esses dias.
Para o jornal O Hoje, durante conversa no início da noite de domingo (11), ele parece motivado, mas aguarda novos ‘oks’ do eleitorado. “Pesquisa é importante, avalia rejeição. Essa pesquisa mostra nossa baixa rejeição”, diz, mas complementa: “O mais importante agora são pesquisas qualitativas que mostram o perfil do gestor que a população busca”.
“Pesquisa qualitativa dá o direcionamento. Quantitativa orienta, mostra o grau de conhecimento”, avalia. Presidente do MDB em Anápolis, ele acrescenta, modesto: “O MDB trabalha com dois nomes: Amilton e Márcio. Estamos nós dois bem alinhados”.
Sobre a operação desencadeada pela Polícia Federal contra o núcleo militar do bolsonarismo, que teria planejado um golpe de Estado pela permanência de Jair Bolsonaro no poder, Márcio é categórico: “Operação mostra que teremos eleição polarizada”.
Com isso, diz ele, é possível que candidatos de extremos diferentes, ou seja, de direita e esquerda, vai ficar mais acentuado. “A gente entende que é importante ir contra o projeto do PT. Natural é discutir o projeto. Vamos discutir o campo ideológico”.
Márcio Corrêa parece tomar cuidado com o que afirma sobre a operação autorizada pelo ministro Alexandre Morais contra bolsonaristas, inclusive generais do Exército. “Isto demonstra a politização do judiciário. Até a forma que as coisas vêm acontecendo, com decisões monocráticas. Isto fica muito claro algumas coisas. Nós temos uma preocupação. É um apelo de grande parte da população. Existe uma crise institucional, entre os poderes. A gente vê isso com certa preocupação”, diz.