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domingo, 24 de novembro de 2024
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Seap já havia comunicado à justiça que o sequestrador do ônibus tinha descumprido as regras sobe o uso da tornozeleira

Após dois anos de prisão, ele foi beneficiado com a progressão para o regime domiciliar, porém ele descumpriu as regras em relação ao uso da tornozeleira eletrônica

Postado em 13 de março de 2024 por Matheus Santana
Após dois anos de prisão

No dia 23 de março do ano passado, a Vara de Execução Penais do Rio de Janeiro (VEP) decidiu que Paulo Sérgio Lima, de 29 anos, deveria usar tornozeleira eletrônica. Ele havia praticado um assalto a um ônibus no dia 16 de abril de 2019 e acabou sendo preso no mesmo dia que cometeu o delito. Um ano depois do crime, ele foi condenado a nove anos e quatro meses de regime fechado.

Após dois anos de prisão, ele foi beneficiado com a progressão para o regime domiciliar, porém ele descumpriu as regras em relação ao uso da tornozeleira eletrônica, ignorando os pedidos para comparecer à Central de Monitoramento da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Na última terça-feira (12) Paulo Sérgio, atirou em uma pessoa que ficou gravemente ferida e manteve 16 pessoas como reféns, em um ônibus na Rodoviária do Rio, o criminoso não estava sob a posse da tornozeleira eletrônica.

Apesar de a Seap ter comunicado à VEP seis vezes sobre a situação irregular do detento, a decisão de regressão de regime só foi tomada na noite da última terça-feira (12), após a notícia do sequestro do ônibus na rodoviária por Paulo Sérgio ser divulgada. O juiz explicou que só teve oportunidade de decidir no processo naquele momento.

Segundo o documento do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), o descumprimento do monitoramento eletrônico ocorreu em 1º de agosto de 2022. Ou seja, somente nesta terça-feira (12), após um ano e sete meses, a decisão foi tomada para que Paulo Sérgio retornasse ao regime semiaberto e fosse preso. No entanto, quando a decisão foi expedida, o apenado já estava detido pelo sequestro do ônibus e pela tentativa de homicídio de um funcionário da Petrobras, Bruno Lima da Costa Soares, de 34 anos.

O TJRJ está investigando por que o processo de Paulo Sérgio ficou parado por um ano no cartório da VEP. Por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o juiz, ao tomar conhecimento da possível violação da tornozeleira eletrônica, deve intimar o advogado do apenado para garantir seu direito de defesa. O próprio advogado de Paulo Sérgio afirma ter perdido contato com o cliente. O fato é que se passou um ano e sete meses desde a violação da tornozeleira até que Paulo Sérgio fosse preso novamente por outro crime, sem cumprir sua pena anterior.

Se tivesse cumprido a pena sem violações, Paulo Sérgio teria sido liberado em liberdade condicional em 26 de maio de 2022.

Entenda mais sobre o caso:

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