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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Tuberculose

Principal órgão acometido pela tuberculose é o pulmão

Os sintomas variam de acordo com o órgão acometido pela tuberculose, uma vez que a doença pode acometer diferentes órgãos.

Postado em 23 de março de 2024 por Ronilma Pinheiro
Os sintomas variam de acordo com o órgão acometido pela tuberculose

Doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas, a tuberculose é uma doença causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. Os sintomas variam de acordo com o órgão acometido pela tuberculose, uma vez que a doença pode acometer outros órgãos como: cérebro, medula óssea, rins, estômago, linfonodos e pele. 

Assim, no caso do pulmão, os primeiros sinais são: tosse, que pode ser seca ou não, febre, sudorese, suor em excesso. A explicação é do médico infectologista e Coordenador Médico das Enfermarias do Hospital de Doenças Tropicais (HDT), Luiz Felipe Silveira Sales. 

“Por exemplo, uma pessoa que tem uma meningite por tuberculose, ela vai ter dor de cabeça, pode ter confusão mental, crises convulsivas. No caso da tuberculose na barriga, o paciente pode sentir dor abdominal”, detalha o médico.

O médico orienta que caso o paciente apresente algum desses sintomas por mais de duas ou três semanas, deve procurar atendimento médico em alguma unidade de saúde, para que o caso seja investigado por um especialista.

Quando não tratada, a tuberculose pode causar danos graves à saúde do paciente. No caso da infecção do pulmão, a pessoa pode ter sequelas pulmonares graves, como falta de ar, doença pulmonar crônica e consequentemente precisar de acompanhamento com um pneumologista.

Nos casos mais graves da doença, o paciente pode acabar falecendo, segundo o infectologista. “Principalmente naqueles casos no qual a diagnóstica é feita de forma tardia”, alerta.

Tratamentos

O tratamento da tuberculose é totalmente disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Luiz explica que o procedimento é feito com quatro medicações, com duração de seis meses, podendo se estender até um ano. “Essa duração vai variar de acordo com a forma e o grau de acometimento da tuberculose, mas no geral são seis meses”, enfatiza.

Luiz alerta que a doença pode ser transmitida pelo ar e a transmissão se dá, no geral, quando a pessoa conversa, tosse ou espirra. Além disso, a tuberculose pode ser transmitida a partir do contato prolongado com uma pessoa infectada pela doença. “É bastante comum a gente ver tuberculose em pacientes que às vezes namora com alguém que teve diagnóstico de tuberculose, que teve um contato mais prolongado com uma pessoa”, explica.

O especialista explica o passo a passo de como funciona o atendimento do paciente com tuberculose no HDT. Segundo ele, ao procurar atendimento e passar pela consulta médica, o especialista solicita exames de raio X de tórax, além de outros exames  de escarro que também são necessários. “Esta amostra vai ser enviada para o laboratório onde serão feitos testes específicos para verificar a presença ou não de tuberculose”, explica.

Caso não haja evidência de algum outro acometimento à tuberculose, o tratamento é feito na unidade de saúde onde o paciente buscou atendimento primário. Porém, se o paciente estiver grave, precisa ser encaminhado ao HDT. Após iniciar os tratamentos, a pessoa vai fazer um acompanhamento mensal para verificar se está tendo melhora no quadro.

O infectologista afirma que a doença pode acometer qualquer pessoa, mas destaca que há um grupo de risco que têm maior facilidade de desenvolver a doença, que são os pacientes que têm comorbidades, fumantes, aqueles que bebem bebidas alcoólicas e pessoas que já possuem alguma doença pulmonar.

Prevenção

De acordo com o Ministério da Saúde, a tuberculose pode ser prevenida com a vacina Bacillus Calmette-Guérin (BCG). O imunizante está disponível de forma gratuita no SUS. A vacina deve ser dada às crianças ao nascer, ou, no máximo, até aos 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. 

O imunizante protege contra as formas mais graves da doença, como a tuberculose miliar e a meníngea. Além da vacina, a avaliação de familiares e outros contatos do paciente para que não desenvolvam a forma ativa da tuberculose, também é uma forma de prevenção.

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