Juros futuros sobem e já precificam alta da Selic para julho
As taxas dos Depósitos Interfinanceiros subiram pela quinta vez consecutiva devido ao risco fiscal, à inflação e às declarações do presidente Lula
As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) subiram pela quinta vez consecutiva nesta segunda-feira (1º). Isso ocorreu devido ao risco fiscal, à inflação e às declarações do presidente Lula. Isso levou a uma expectativa de aumento da Selic (taxa básica de juros) em julho.
Além disso, nos Estados Unidos, a possibilidade de Donald Trump vencer a eleição presidencial contra Joe Biden fez os rendimentos dos Treasuries subirem, o que também influenciou as taxas de juros no Brasil.
No final da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2025 subiu para 10,83%, acima dos 10,73% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2026 aumentou para 11,76%, comparado aos 11,547% do ajuste anterior. Nos contratos de prazo mais longo, a taxa de janeiro de 2031 ficou em 12,44%, um pequeno aumento em relação aos 12,421% anteriores.
A sessão foi marcada por muita volatilidade e forte pressão de alta nas taxas, impulsionadas pelo crescimento dos yields dos Treasuries de dez anos. Segundo o InfoMoney, as taxas refletem a preocupação com a política fiscal do governo e a inflação no Brasil.
Raphael Bostic, presidente do Fed (Federal Reserve) de Atlanta, prevê apenas um corte de juros nos Estados Unidos em 2024, apesar de esperar quatro cortes de 0,25 pontos percentuais cada. Ele explicou que os preços de moradia e serviços nos EUA desaceleram mais lentamente porque os salários, que são um grande custo nos serviços, não aumentam tão rápido quanto os preços. Informações do Valor revelam que Bostic ouviu de contatos nas indústrias de serviços que eles têm dificuldades em aumentar os preços sem afastar os consumidores.