A Receita Federal divulgou nesta quinta-feira (25) dados que revelam um cenário positivo para a arrecadação tributária no país. Em junho, os cofres públicos receberam R$ 208,8 bilhões, um aumento real de 11,02% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado marca o maior valor arrecadado para o mês de junho desde 1995, demonstrando a força da economia brasileira.

O desempenho expressivo da arrecadação em junho foi impulsionado por diversos fatores, como o retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, o crescimento da arrecadação de fundos exclusivos e offshores, e a recuperação da atividade econômica. Além disso, o bom desempenho do comércio exterior e a elevação das alíquotas médias do Imposto de Importação (II) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) contribuíram para o resultado positivo.

Acumulado do ano e perspectivas futuras

No acumulado do primeiro semestre, a arrecadação totalizou R$ 1,29 trilhão, representando um crescimento real de 9,08% em relação ao mesmo período de 2023. Esse resultado coloca o Brasil em uma trajetória de crescimento da arrecadação, o que é fundamental para garantir a sustentabilidade das contas públicas e a realização de investimentos em áreas estratégicas.

Apesar do cenário positivo, o secretário da Receita, Robinson Barreirinhas, alertou para o impacto de algumas medidas de desoneração, como a redução da alíquota da contribuição patronal sobre a folha de pagamento. Segundo ele, essas medidas, embora necessárias para estimular a economia, podem comprometer a arrecadação em médio prazo.

O governo está atento a essa questão e já sinalizou que irá adotar medidas para compensar as perdas de receita decorrentes das desonerações. A equipe econômica está trabalhando na elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2025, que deverá incluir medidas para aumentar a arrecadação e garantir o equilíbrio das contas públicas.