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terça-feira, 3 de dezembro de 2024
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Funk

Ascensão no funk independente

Cantor Roger Karamoto mistura funk e agronejo, superando desafios e preconceitos na cena musical goiana

Postado em 29 de julho de 2024 por Luana Avelar
Nascido em Rio Verde

Na cena musical de Goiânia, Roger Karamoto se destaca no funk independente. Aos 31 anos, Roger, cujo nome verdadeiro é Rogério, cresceu em Rio Verde, interior de Goiás. Desde pequeno, teve uma ligação forte com a música, especialmente com canções dançantes. Em entrevista ao jornal O Hoje, ele compartilhou sua trajetória, influências e desafios.

Infância e influências

Roger sempre gostou de música e dança. “Desde pequeno, sempre gostei muito de música. Gostava de dançar e sempre escutava músicas dançantes, não importava o estilo, desde que fossem animadas”, conta. Com o tempo, o funk passou a ocupar um espaço especial em sua vida.

Descoberta da paixão pela música

Apesar do interesse precoce, ele demorou a acreditar em seu potencial. “Eu sempre escrevi músicas, mas não tinha coragem por receio e medo do que os outros iriam achar”, relembra. A mudança veio ao mostrar uma de suas composições a um amigo produtor. “Ele disse que eu tinha potencial de me tornar um grande artista. Foi ali que comecei realmente a acreditar em mim”.

O incentivo do amigo produtor foi importante, mas a jornada não foi fácil. “O preconceito não vinha apenas pelo fato de ser um cantor LGBTQIA+, mas também pelo gênero funk, que ainda enfrenta resistência na sociedade goiana”, afirma. Sua primeira apresentação ao vivo foi um marco. “Fiquei muito nervoso, mas depois da apresentação e ver as pessoas cantando junto, percebi que estava no caminho certo”, lembra.

Processo criativo e trabalho atual

O cantor descreve seu processo criativo como espontâneo. “Minhas composições vêm do nada. Às vezes vejo algo que está em alta e começo a fazer minha versão daquela música que gosto”, explica. O objetivo é criar músicas que façam as pessoas dançarem.

Ser um artista independente exige dedicação. “Você tem que juntar seu próprio dinheiro para realizar seus sonhos, sem ajuda externa. É você por você”, diz. Ele valoriza a persistência dos artistas independentes que investem tudo para fazer seus projetos acontecerem.

Cenário do funk independente em Goiânia

Para Roger, a cena do funk independente em Goiânia tem pontos fortes e desafios. Ele destaca a força e a determinação dos artistas locais, mas reconhece a resistência cultural que persiste. “Acredito muito no potencial dos artistas independentes. É incrível ver pessoas que, como eu, dedicam-se intensamente para fazer seus projetos darem certo”, comenta.

Projetos futuros e conexão com os fãs

Roger está envolvido com um projeto que mistura funk com agronejo. “Quero fazer algo diferente do funk, mas não penso em deixar o pop funk. Só quero me aprofundar em outros ritmos”, revela. Ele planeja estudar mais e se desafiar continuamente.

A conexão com os fãs é essencial. “Eles sempre me falam o que esperam de mim, o que posso melhorar como artista”, diz. Um exemplo dessa interação é o pedido de uma fã para que ele criasse uma música no estilo agronejo, que inspirou seu atual projeto. Ele acredita que essa proximidade o ajuda a crescer e a manter sua motivação.

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