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domingo, 22 de dezembro de 2024
Alerta de Vírus

Brasil tem 709 casos de mpox e Ministério da Saúde convoca reunião

Meta é atualizar serviços de emergência e assistência médica

Postado em 12 de agosto de 2024 por Tathyane Melo
Negociação está sendo feita com a Opas | Foto: Cynthia S. Goldsmith e Russell Regnery/CDC

Em resposta ao aumento de casos de mpox e à circulação de uma nova variante do vírus no continente africano, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou uma reunião de emergência para esta terça-feira (13). A pauta principal será a revisão das diretrizes e do plano de contingência para lidar com a doença no país, de modo a prevenir a disseminação e garantir uma resposta eficaz caso o cenário se agrave.

De acordo com comunicado oficial da pasta, a reunião contará com a participação de especialistas em saúde pública que discutirão atualizações nos protocolos de vigilância e assistência médica. O objetivo é garantir que o sistema de saúde brasileiro esteja preparado para lidar com qualquer eventual aumento de casos. 

Embora a avaliação atual do Ministério da Saúde indique que o risco para o Brasil é baixo, a situação global exige uma atenção redobrada.

O ministério destacou que monitora de perto os desenvolvimentos internacionais relacionados à mpox, em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições, como o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Dados recentes do ministério revelam que, em 2024, o Brasil registrou 709 casos de mpox e 16 óbitos, sendo o mais recente em abril do ano passado.

Vacinação e prevenção

No que diz respeito à vacinação contra a mpox, o Ministério da Saúde relembrou que, em 2023, a imunização foi realizada em caráter de emergência, com doses aprovadas provisoriamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A medida aconteceu durante um momento de alta disseminação da doença.

A pasta também enfatizou que, caso surjam novas evidências que justifiquem ajustes no planejamento atual, as ações necessárias serão prontamente implementadas e comunicadas ao público.

Cenário internacional

A preocupação com a mpox ganhou destaque global após o anúncio do diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que convocou um comitê de emergência para avaliar o surto na África e o potencial de disseminação internacional. O agravamento da situação, especialmente na República Democrática do Congo, onde a doença está em ascensão há mais de dois anos, é atribuído a uma mutação do vírus que facilitou a transmissão de pessoa para pessoa.

Esse novo desenvolvimento elevou o nível de alerta, levando a OMS a solicitar que fabricantes de vacinas submetam seus produtos para análise de uso emergencial. 

Desafios e riscos da Mpox

A mpox, uma doença zoonótica viral, pode ser transmitida a humanos através do contato com animais silvestres infectados, pessoas contaminadas ou materiais que carreguem o vírus. Seus sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre e fraqueza, sendo que as lesões na pele podem aparecer em diversas partes do corpo.

Embora a maioria dos pacientes se recupere dentro de um mês com tratamento adequado, a mpox pode ser fatal, especialmente se não tratada, como evidenciado pelas mais de 479 mortes registradas na República Democrática do Congo desde o início do ano.

Resposta Global 

A OMS tem enfatizado a importância de uma resposta robusta e coordenada para combater a mpox, mesmo após a entidade declarar, em maio de 2023, que a doença não configurava mais uma emergência de saúde pública de importância internacional. Essa decisão ocorreu quase um ano após o surto da doença levar a OMS a decretar emergência em vários países, incluindo o Brasil.

“Casos relacionados a viagens, registrados em todas as regiões, demonstram a ameaça contínua. Existe risco, em particular, para pessoas que vivem com infecção por HIV não tratada. Continua sendo importante que os países mantenham sua capacidade de teste e seus esforços, avaliem os riscos, quantifiquem as necessidades de resposta e ajam prontamente quando necessário”, alertou Tedros em 2023.

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