Como funcionava agiotagem de estrangeiros em Goiânia
Comerciantes e autônomos denunciam cobranças violentas e ameaças de agiotas estrangeiros
A Polícia Civil de Goiás deflagrou, na manhã desta quarta-feira (14), a Operação Usureros, desarticulando uma quadrilha de agiotas estrangeiros que atuava na Região Metropolitana de Goiânia. Sete pessoas, sendo seis colombianos e um brasileiro, foram presas em flagrante suspeitos pelos crimes de agiotagem, associação criminosa, perseguição e extorsão.
A investigação teve início após denúncias de comerciantes e autônomos que eram vítimas de cobranças violentas e ameaças por parte dos agiotas. Os criminosos ofereciam empréstimos rápidos e sem burocracia, mas cobravam juros exorbitantes e utilizavam táticas de intimidação para garantir o pagamento das dívidas.
Em um caso de extrema violência, um dos cobradores enviou um vídeo ameaçador, brandindo uma arma de fogo, para intimidar uma de suas vítimas. Dias depois, a residência da vítima foi alvo de diversos disparos.
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Modus operandi
O grupo criminoso distribuía cartões em estabelecimentos comerciais, oferecendo empréstimos. Após a liberação do dinheiro, as vítimas eram obrigadas a pagar juros diários de até 50%, em um sistema conhecido como “pinga-pinga”. Em caso de atraso, as vítimas eram perseguidas, ameaçadas e, em alguns casos, até mesmo alvo de disparos de arma de fogo.
A investigação evidencia a atuação da organização criminosa de origem colombiana na Região Metropolitana, que utilizava táticas de intimidação e violência para extorquir comerciantes. Os membros da quadrilha, sem qualquer respeito às leis brasileiras, utilizavam motocicletas para realizar as cobranças, mesmo sem possuir habilitação.
Um dos núcleos colombianos criou uma empresa em um bairro nobre de Goiânia, utilizando-a como fachada para suas operações ilegais, com o objetivo de dar um ar de legalidade a seus negócios.
Em um caso de extrema violência, um dos cobradores enviou um vídeo ameaçador, brandindo uma arma de fogo, para intimidar uma de suas vítimas. Dias depois, a residência da vítima foi alvo de diversos disparos.
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Operação
Ao todo, oito estrangeiros, divididos em três grupos, e um brasileiro foram identificados como membros da organização criminosa. Estima-se que a quadrilha tenha causado prejuízos financeiros significativos às vítimas, além de um profundo impacto psicológico.
Em um único dia de operação, a polícia apreendeu veículos avaliados em cerca de R$ 400 mil, que serão utilizados para reparar os danos causados e evitar que o dinheiro seja reinvestido em outras atividades criminosas.