Em 2023, uma denúncia feita pelo professor de arqueologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Juan Carlos Cisneros, ao Ministério Público Federal (MPF) revelou uma situação preocupante: uma loja virtual dos Estados Unidos, a Indiana 9 Fossils, estava comercializando fósseis extraídos do Ceará, sem a documentação exigida. Essa loja, que é uma das maiores do mundo no ramo da venda de fósseis, oferecia esses itens em seu catálogo, o que gerou grande repercussão.

Entre os fósseis encontrados por Cisneros na página da Indiana 9 Fossils, destacam-se uma cigarra e uma libélula, sendo que ambos estavam à venda por valores expressivos. A cigarra era oferecida por US$ 3,1 mil (R$ 17,3 mil), enquanto a libélula custava US$ 3,9 mil (R$ 21,6 mil). Desde 1942, a venda de fósseis é proibida no Brasil, o que torna essa situação ainda mais grave.

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Sendo assim, os fósseis vendidos são oriundos da Chapada do Araripe, uma região rica em fósseis que abrange os estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Essa área é conhecida mundialmente por sua importância paleontológica, o que torna a preservação e o respeito às leis que regem a venda desses itens fundamentais para a ciência e a cultura.

Diante da denúncia e do início das investigações, o dono da Indiana 9 Fossils, Merv Feick, retirou os fósseis do catálogo de vendas e afirmou estar cooperando para o retorno dos itens ao Brasil. “Estou cooperando com as autoridades na tentativa de trazer os insetos de volta ao Brasil. Neste momento, as autoridades estão trabalhando na papelada do governo brasileiro e provavelmente repatriarão todos esses espécimes de volta ao Brasil”, declarou Merv Feick.

Sendo assim, a situação levantou questionamentos sobre como esses fósseis chegaram aos Estados Unidos e se a empresa os adquiriu antes da legislação brasileira proibir a venda. Dessa forma, com o desenrolar das investigações, espera-se que os fósseis retornem ao Brasil e que medidas sejam tomadas para evitar que situações como essa se repitam no futuro.

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