EUA apreendem avião presidencial de Maduro em operação internacional
Ação ocorre em meio a crescente pressão internacional sobre a reeleição controversa de Nicolás Maduro
Na manhã desta segunda-feira (2), o Departamento de Justiça dos EUA confirmou a apreensão do avião presidencial da Venezuela. A operação, realizada em colaboração com a República Dominicana, focou na violação de sanções impostas pelos EUA e pelo Departamento de Comércio americano ao governo de Nicolás Maduro.
As autoridades americanas apreenderam o Dassault Falcon 900 EX, uma aeronave usada por Maduro, na República Dominicana. Elas revelaram que o avião adquirido ilegalmente através de uma empresa fantasma e contrabandeado para fora dos EUA. Após a apreensão, as autoridades transportaram a aeronave, que havia passado por São Vicente e Granadinas, Cuba e Brasil, para Fort Lauderdale, na Flórida.
O Departamento de Justiça dos EUA explicou que a medida segue a Ordem Executiva 13884, emitida em agosto de 2019 pelo ex-presidente Donald Trump. Esta ordem proíbe cidadãos americanos de se envolverem com indivíduos associados ao governo venezuelano. Além disso, o Departamento de Comércio havia imposto controles de exportação sobre itens destinados a usuários finais militares ou de inteligência militar venezuelanos.
Anthony Salisbury, agente especial da Homeland Security Investigations (HSI) de Miami, destacou que a apreensão da aeronave representa um passo significativo no combate às atividades ilegais do regime de Maduro.
Enquanto isso, o governo venezuelano ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. A apreensão do avião ocorre em meio à crescente pressão internacional sobre Maduro, cuja reeleição foi amplamente contestada. A União Europeia, os EUA e outros países latino-americanos rejeitaram os resultados das eleições, exigindo uma auditoria imparcial dos votos e criticando a falta de transparência no processo eleitoral.
A apreensão do avião, portanto, simboliza a intensificação da disputa política e econômica entre os EUA e o regime venezuelano.