Ipasgo tenta reverter decisão da ANS para manter 10 mil beneficiários
Ipasgo Saúde é a maior operadora de saúde da região Centro Oeste com mais de 590 mil beneficiários
Por classificação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), quase 10 mil clientes dos mais de 590 mil do Ipasgo Saúde podem ser desligados da operadora. Segundo a agência, funcionários de entidades como a UFG, OVG, Agehab, Agetur e Ceasa-GO são reconhecidas como paraestatais, ou seja, não são administradas diretamente pelo poder público. Ao todo serão 9.877 beneficiários afetados de mais de 14 entidades em um processo que decorre desde abril de 2024.
O presidente do plano de saúde de servidores públicos de Goiás, Vinícius Luiz, afirmou em uma audiência da Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO) que terá uma reunião no dia 12 de setembro com a ANS para reverter a decisão. Além disso, lembra como isso é em decorrência da Lei 21.880 de abril de 2023 que extinguiu o Ipasgo como autarquia para um Serviço Social Autônomo (SSA) não administrado pelo poder público.
Vale lembrar que caso a decisão não seja revista, os servidores da União em paraestatais, como da UFG e IFG ainda possuem outras operadoras de plano de saúde que atendem esses trabalhadores públicos, como a Geap Saúde.
Em nota, a Ipasgo Saúde garante que está em tratativas junto com a ANS, em um destes acordos em análise para os clientes que podem ser afetados é o “produto em extinção”. Em outras palavras, os 9.877 clientes continuaram com o benefício, contudo, não irão aderir aos novos clientes das 14 entidades afetadas. Apesar disso, a ANS ainda não respondeu a proposta.
Apesar disso, reconhecem a decisão da agência, mas, de acordo com a entidade, se esforçam para manter os clientes atuais. “A ANS entende que essas 14 entidades não apresentam correlação de atividades com o poder público estadual e, portanto, não têm direito a prestação de serviço pelo Ipasgo Saúde. No entanto, os esforços do plano de saúde, o maior de Goiás e um dos maiores do país, são para reverter este cenário”.